Jogadores do Goiás comemoram empate em gol olímpico de Paulo BaierFoto: Valdir Friolin |
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Um dia teria que acontecer, este foi o pensamento preponderante entre os gremistas após a primeira derrota sofrida no Olímpico. O resultado, entretanto, não foi inteiramente surpreendente, considerando que o Goiás vinha fazendo a segunda melhor campanha do returno, e o desempenho do Grêmio, nesta fase, é parente distante do que foi no turno inicial. O time de Celso Roth, cuja mais extraordinária virtude vinha sendo a regularidade, está caindo, visivelmente.
Hélio dos Anjos foi um treinador prudente. Armou o Goiás para se defender e, eventualmente, contra-atacar. Diante de um adversário com esta disposição, o Grêmio precisaria contar com eficientes manobras pelos flancos. Para seu azar, não foi a jornada de Paulo Sérgio e Helder. Dos alas, pouco ou nada saiu. O meio-campo também ficou diminuído pela performance deficitária de Tcheco, que acabou sendo substituído por Orteman, que nada acrescentou. A má sorte do Grêmio se completou quando Pereira, lesionado, deixou o gramado. Roth aproveitou para mudar o esquema tático, lançando Amaral e liberando Souza. Mas, foi exatamente pela falta do zagueiro da sobra, que o Goiás acabou marcando o segundo gol.
O gol de empate do Goiás nasceu de uma cobrança de escanteio. Alguém lembra do último gol sofrido pelo Grêmio, neste tipo de jogada? Difícil lembrar. Mas acabou acontecendo. Dizer que Victor falhou não é justo. Paulo Baier é exímio cobrador de escanteios. Mandou a bola na primeira trave. O goleiro gremista faria a defesa se Rafael Marques não tivesse passado diante dele, ocultando a bola que passou por ambos e foi entrar no campo oposto. Méritos de Baier e Marques, pouca responsabilidade de Victor.
O segundo gol do Goiás tem irregularidade no seu nascedouro. O lateral Vitor acerta uma cotovelada em Souza que cai. O árbitro não vê, e o lateral prossegue. O ingresso do jogador do Goiás se dá, exatamente, no espaço onde estaria Pereira, marcando a bola. Não havia mais líbero. Ficou fácil para a marcação do gol.
Ainda conspiraria contra o Grêmio e excepcional atuação do veterano goleiro Harlei. Não foi um jogo especial, para ele. Harlei sempre foi um grande goleiro. Ele foi para o Goiás o que Victor, muitas vezes, foi para o Grêmio. Defendeu bolas quase impossíveis e saiu de campo festejado como o avalista da vitória goiana.
Willian Magrão fez falta. Perea, também. Morales não, o gigantesco centroavante uruguaio de 1m96cm, não foi aproveitado, neste jogo. Poderia ter sido uma alternativa? Não creio. Marcel morreu à míngua por falta de cruzamentos aéreos. Teria acontecido a mesma coisa com Morales.
Caiu, portanto, a virgindade do Olímpico. Restou ao Grêmio torcer para que não haja vencedor no jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, no Mineirão. O prejuízo, em caso de empate, seria o menor. A vantagem diminuiria em um ponto mas, ainda assim, seguiria sendo significativa.
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