Foto: Raquel Carneiro |
Uma Maria Rita descontraída e cada vez mais afinada com o samba. Assim foi o que demonstrou a cantora em cada instante do show Samba Meu, realizado ontem à noite, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.
No dia 14 de dezembro tive a oportunidade de ver e ouvir Samba Meu no mesmo local, porém, nesta segunda apresentação, a minha surpresa foi ainda maior.
Maria Rita está mais segura e confiante, o que torna a sua relação de amor com o samba mais estreita. A sintonia entre os músicos Miudinho e Neni Brown (percussão), Jota Moraes (piano), Sylvinho Mazzucca (baixo acústico), Tuca Alves (violão), Camilo Mariano (bateria) e Márcio Almeida (cavaquinho) era grandiosa. Juntos, formam o que eu chamo de banda dos sonhos, pois qual cantora não gostaria de ser acompanhada por profissionais que acima de tudo transparecem prazer e amor naquilo que fazem?
No repertório, a talentosa filha de Elis Regina presenteou seu público com canções como Samba Meu, à capella, Tá Perdoado, Cria, O Homem Falou, de Gonzaguinha, Corpitcho, Maltratar, não é Direito. Desta vez, a morena também cantou músicas de seus trabalhos anteriores, como Encontros e Despedidas e Pagu, que foi executada com um belíssimo e diferente arranjo elaborado por Jota Moraes. Maria Rita também encantou a platéia ao trocar de figurino no segundo momento do show. Com um vestido curtíssimo prateado, ela arrancou assovios e gritos de seu público ao exibir uma bela forma.
No bis, a cantora fez o teatro inteiro dançar com Num Corpo Só e O Homem Falou. Ainda no palco, ela foi surpreendida por um grupo de fãs que entoaram Não Deixe o Samba Morrer, composição de Alcione. Naquele instante, a banda tocaria outra canção. Foi quando Maria Rita os interrompeu e pediu para que seus fãs continuassem cantando. Logo a banda começou a tocar este hino conhecido na voz inesquecível da Marrom.
Naquele momento, me dei por conta, que Maria Rita chegou ao samba não para falar dele ou demonstrá-lo. O samba já faz parte dela há muito tempo, mas só agora ele é retratado através do seu talento. A dona de uma das vozes mais intensas desse país parece estar cada vez mais íntima do pandeiro e do tamborim. Sua música e seu sorriso nos dizem com todas as letras: Eu amo o samba e adoro ser brasileira!
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