Foto: Márcia Simões |
Ao anunciar o show SIM, de Vanessa da Mata, o locutor esqueceu que estava em terras gaúchas, e aqui falar a letra S com som de X não passa despercebido. Enquanto o forasteiro apresentava os patrocinadores e realizadores do espetáculo, a platéia brincava imitando o som: xxxxxxx.
Os chiados só pararam quando, de pés descalços, com unhas pintadas de esmalte vermelho e um vestido da mesma cor, a cantora subiu ao palco do Bourbon Country. A platéia, que segundos atrás fazia gracinha, ficou concentrada, séria, observando a performance da dama de vermelho.
O palco, enfeitado com uma bola no teto e uma faixa de neon azul ao fundo, estava adequado ao clima do show: zen. Mesmo as músicas agitadas traziam um quê de tranqüilidade. Talvez por causa dos movimentos de Vanessa, que fluíam conforme o ritmo, ou pelas letras das canções de amor.
Os sete músicos deram um espetáculo a parte, foi difícil decidir para onde olhar. Os dois backing vocal eram os mais animados. Dançavam, rebolavam e sorriam para o público. Quem observasse somente eles poderia até achar que aquele era um show de axé.
Não era, claro. O repertório incluiu os sucessos da Vanessa, as músicas do CD SIM, que deu título ao show, e obras de outros cantores. História de uma gata, do musical Os Saltimbancos, foi entoada pela platéia do começo ao fim, assim como Nossa Canção. A mais esperada, porém, foi Boa Sorte / Good Luck, trabalho em parceria com Ben Harper. A cantora pediu, ao anunciar o hit, que as pessoas pegassem os celulares e abanassem os aparelhos no ar. Em poucos segundos o teatro virou um céu cheio de estrelas.
Até esse momento todos estavam sentados, assistindo o espetáculo e, no máximo, arriscando uma batida de pé. A matogrossense, não satisfeita, pediu que todos levantassem e dançassem com Não me deixe só. A platéia atendeu imediatamente e ocupou a frente do palco.
Como todo bom show, a cantora se despediu do público e deixou o palco, só para escutar os pedidos de ''mais um''. E no fim foram mais três. De volta com um vestido branco e de guitarra na mão, ela arriscou tocar o instrumento e cantar Minha herança: uma flor. Se atrapalhou na letra, mas foi muito aplaudida, seguindo com Por Enquanto, da Cássia Eller, e encerrando a apresentação com a animada Ai, ai, ai.
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