Energia e boas vibrações no showFoto: Eduardo Cecconi |
O namoro da banda paulista de reggae Planta & Raiz com o pop e o hip-hop, iniciado no segundo CD de estúdio, virou casamento no terceiro trabalho, Qual é a cara do ladrão?. O grupo lançou o CD no início da madrugada desta sexta-feira, no bar Opinião, em Porto Alegre.
Em praticamente duas horas de show, a banda tocou 11 das 14 músicas do novo material. E mostrou que as brincadeiras com o pop e o hip-hop apresentadas no trabalho anterior - De cara para o mundo, tornaram-se coisa séria. Poucas faixas do novo CD são de reggae puro.
Há uma flagrante marcação pop na bateria, sem as divisões de ritmo tradicionais no estilo jamaicano; o guitarrista Franja também dedilha menos a guitarra – um movimento típico do reggae – e faz muito mais solos fortes.
No show, marcado também por músicas antigas do primeiro CD Esse é o remédio, o contraste é gritante. Alternando o velho e o novo, a banda transita do reggae roots e arrastado, com letras sociais e filosofia rasta, para o pop dançante com vocais falados, sob influência do hip-hop.
Os fãs não parecem se importar com a mudança. Mas, a galera vibra mesmo é com os hits antigos. As músicas Com certeza e Aquele lugar, do primeiro CD, foram as mais dançantes.
Despojados, os garotos da Planta & Raiz empilharam 27 músicas em quase duas horas e ainda pediram para ficar mais tempo no palco depois do bis. Apesar da incorporação de novos elementos à música reggae, a banda segue se divertindo no palco, inspirada no carisma do vocalista Zeider.
Não faltaram também os covers do primeiro CD – Vamos Fugir, de Gilberto Gil, do trabalho ao vivo – Te Ver, do Skank, e do segundo CD – Estou a dois passos do paraíso, da Blitz. A banda premiou o público ainda com duas versões do mestre Bob Marley - I shoot the sherif e Redemption Song, e até com uma surpreendente Mar de Gente, do Rappa, fechando a apresentação.
O show da Planta & Raiz demonstra que a cena reggaeira de Porto Alegre ainda é muito forte. Quem assistiu é fã da banda, e os garotos paulistas devem ter deixado a cidade satisfeitos pela grande quantidade de pessoas que dançaram e cantaram sem parar na madrugada gaúcha.
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