Foto: Raquel Carneiro |
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Ansiedade e expectativa são duas palavras que definem perfeitamente meu estado de espírito quando o assunto é Ney Matogrosso. Dez minutos antes de entrar no Teatro Bourbon Country, em Porto Alegre, para assistir ao show Inclassificáveis – e inclassificável – do artista, fiz uma retrospectiva e me dei conta do significado de ver um músico daquele porte de perto.
Abrem-se as cortinas e Ney surge majestoso, em um figurino repleto de brilhos e pedrarias, deitado em um sofá de cor vinho. Com pose de rei, o cantor entoa em voz forte e intensa O Tempo Não Pára, de Cazuza. Para o ex-Secos & Molhados, o tempo não estacionou, e foi com ele generoso. Aos 66 anos, Ney exibe uma forma invejável, que se salienta a cada coreografia sensual e cheia de energia. Com isso, conclui que a música é a grande responsável por seu rejuvenescimento.
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Sem nenhuma pausa, emendou Mal Necessário, Leve, Fraterno, Ouça-Me, e no próprio palco cambiou de figurino. Ao som de trilha instrumental, Ney fazia caras e bocas, abusando de sua sensualidade e arrancando gritos da platéia. Assim foi durante as quatro vezes em que trocou de roupa.
Em um ritmo eletrizante e olhando fundo nos olhos de seu público, cantou Um Pouco de Calor, Novamente, Lema, Sea, Cavaleiro de Aruanda. Os músicos Carlinhos Noronha, no baixo; Júnior Meirelles, na guitarra e violão; Sérgio Machado, na bateria; Emílio Carrera, no piano, teclado e também na direção musical; DJ Tubarão, na percussão e pick up; e Felipe Rosseno na percussão deram um show de energia e emoção à parte. Pura sintonia.
Um dos momentos mais marcantes da apresentação foi quando Ney cantou Por que a gente é assim?, do Barão Vermelho. O cantor desce as escadas laterais do palco e vai ao encontro da platéia, que, surpresa com a atitude, retribui o carinho do ídolo com gritos, sorrisos e fotos.
Outro momento ousado e forte foi a interpretação para a música Inclassificáveis, de Arnaldo Antunes, que questiona a todo o momento quem somos e de qual tribos viemos. A questão não tem resposta porque somos a mistura da mistura de todas as tribos e línguas, e essa é a grande mensagem do camaleão que é Ney Matogrosso. Não somos nada e somos tudo ao mesmo tempo.
O artista ainda voltou ao palco para o bis, presenteando os fãs com as músicas Simples Desejo e Pro Dia nascer Feliz.
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