Foto: Caroline Bittencourt/Divulgação |
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A edição 2007 do Tim Festival terminou num clima de festa, na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba na noite de ontem. Logo no início, o som dançante da banda Hot Chip fez dançar mesmo aqueles que não conheciam previamente o grupo de electro-pop inglês. No final da apresentação, o refrão over and over and over and over and over preparou a platéia para o que ainda estava por vir.
A espera pelo segundo show, da islandesa Björk, foi longa devido a preparação do palco, que portava bandeiras coloridas, telas de plasma e muito brilho. Após uns 40 minutos de intervalo, a cantora sobre ao palco. Ovacionada por gritos histéricos da platéia, ela executa a primeira música do show e do disco Volta, intitulada Earth Intruders. O que se seguiu foi uma apresentação irretocável, composta por canções do mais recente disco, intercaladas com pérolas consagradas como Bachelorette, Army of me, Hyperballad e Yóga. Como nos outros dias do festival, a cantora estava vestida com roupas espalhafatosas e maquiagem chamativa. O grupo de sopros, composto todo por mulheres também da Islândia, que a acompanhou nos shows, seguia a mesma linha na estranheza das vestimentas e pinturas no rosto.
Com poucas exceções, o show foi alegre, em ritmo eletrônico. Descalça, Björk saracoteava pelo palco ora como uma criança ora como em transe, que foi compartilhado com o público no “refrão” de Pluto. Em Hunter, o êxtase aconteceu quando algo como serpentinas saíram das mãos da artista e ela atravessa o palco de um lado a outro fazendo uma onda de linhas brancas. O encerramento foi ao som de Declare Independence, também do disco Volta. Num ritmo frenético e desconcertante, ela cantava Raise your flag, ao que o público respondia higher higher, dando sentido a decoração do palco. Isso tudo misturado a muita luz, laser e papel prateado sendo espirrado sobre a platéia deliciada.
Depois dessa explosão de cores e sonoridades, mais uma longa espera pelos ingleses do Arctic Monkeys. Nesse espaço de tempo, viu-se mudar os expectadores e um mar de adolescentes tomar conta dos metros de chão que ficam mais perto da banda. No palco, os garotos mostraram um autêntico show de rock. A produção era simples, apenas luzes, mas que criaram um visual deslumbrante visto a uma distância razoável. Um belo show, onde foi possível ouvir com atenção e clareza voz e instrumentos, mas um bocado burocrático, sem fugir muito do que já se pode ouvir nos discos. Apesar da pouca comunicação dos integrantes da banda, que quase não falaram com a platéia, os presentes saíram satisfeitos.
Mais espera. E então, The Killers adentra com uma mega produção, luzes quase natalinas como decoração e flores em volta dos instrumentos. Ao som de Sam's Town, os responsáveis por fechar a noite tiveram toda a atenção do público. Como de costume, o figurino do vocalista Brandon Flowers impressionou pela elegância, mas perdeu as atenções para o baterista Ronni, fantasiado de Mago Merlin, em uma alusão ao Halloween americano. Muito carismático, Flowers falou diversas vezes com o público que retribuía com gritos enlouquecidos às perguntas feitas em inglês e nem sempre compreendidas.
Após mais de uma hora de show e um desfile de hits como Bones, Hot Fuss, Somebody Told Me e Read My Mind, o show parece terminar ao som de Mr. Brightside. Mas alguns minutos depois, o grupo ressurge para um bis que contou até com a versão de Shadowplay, do extinto Joy Division. O espetáculo contagiante e o festival acabaram com All These Things That I've Done e o refrão I got soul but I'm not a soldier cantado pelas aproximadamente 20 mil pessoas presentes na Pedreira Paulo Leminski.
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