Os desenhos lineares e os padrões geométricos do estilista francês Max Azria para a marca BCBG abriram hoje os desfiles da Semana da Moda de Nova York, onde já é possível ver sinais claros de criatividade.
O estilista, que nos próximos dias também apresentará propostas para suas outras duas marcas (Azria e Hervé Léger), introduziu a mulher urbana do próximo outono-inverno em um mundo de linhas limpas e cores neutras e frias que pouco a pouco e, conforme o dia avança, vão aquecendo.
Muitos vestidos e saias e poucas calças, de cortes assimétricos e combinados com vertiginosos saltos, foram a escolha de Max Azria e de sua mulher, a também estilista Lubov Azria, para o próximo inverno.
Os tons neutros das propostas do francês, um dos preferidos de celebridades como Sharon Stone, Nicole Kidman e Beyoncé Knowles, se misturam com tons leves de marrom e pistache (para o dia), e com o negro e alguns itens metalizados (para a noite).
"É uma silhueta linear, de pregas transparentes e drapejados assimétricos com múltiplas camadas e com cinto, que apresentam uma próxima estação fresca e sofisticada", assinalou o estilista ao explicar a coleção à agência EFE.
Com essas propostas, seguidas pelas do minimalista Richard Chai, discípulo de Marc Jacobs, assim como as de Duckie Brown e Toni Maticevski, começou a semana da moda em Nova York, na qual a notícia da morte de Alexander McQueen teve grande impacto.
Os desfiles, que se realizam de hoje até 18 de fevereiro e tem a organização da Mercedes Benz Fashion Week (MBFW), serão os últimos no Bryant Park, pois em 2008 se decidiu que a partir de setembro sua nova localização será Damrosch Park, no noroeste da cidade.
Com isso, praticamente se fecha uma era, iniciada em 1993 quando foi decidido reunir todas as passarelas de Nova York em apenas uma e, assim, impulsionar o setor.
Nesses 17 anos houve 31 temporadas e quase 2.500 desfiles que lançaram muitas estrelas, de desenhistas e modelos a estilistas e famosos dos Estados Unidos e muitos outros países.
Para dizer um adeus em tom nostálgico ao Bryant Park, que nos últimos anos virou autêntico sinônimo da moda americana e nova-iorquina por excelência, os organizadores ilustraram o local que abriga as passarelas com pensamentos dos grandes nomes que por ali passaram.
"Sempre terei boas lembranças das passarelas de Bryant Park porque estiveram entre as primeiras conquistas da minha carreira", escreveu Gisele Bündchen.
"Nova York foi meu primeiro grande sonho e Bryant Park meu primeiro desafio", assinalou o estilista venezuelano Ángel Sánchez.
Fotos: Peter Foley, EFE
Para a influente diretora da revista Vogue, Anna Wintour (foto acima), "Bryant Park se tornou o símbolo do que representa a moda para Nova York, que é a evolução sem medo e sem pausa".
Para a modelo tcheca Karolina Kurkova, Bryant Park já é um símbolo de moda.
Ainda hoje se espera com expectativa o primeiro desfile da casa italiana de luxo La Perla, que quer apresentar assim ao mercado americano uma nova estratégia corporativa que reúna feminilidade, sofisticação e sensualidade.
Entre as famosas que já anunciaram sua presença nesse desfile estão Margherita Missoni, Amber Tamblyn, Catalina Sandino Moreno, Anna Gunn, Maggie Rizer, Fabiola Beracasa, Tinsley Mortimer e Rachel Roy.
O primeira dia da Fashion Week termina com um desfile beneficente realizado por 20 celebridades americanas, que, vestidas de vermelho, protagonizam a campanha A verdade do coração, em prol da prevenção de doenças cardiovasculares entre as mulheres.
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Olhar abarrotado de mundo, recorte rumoroso do silêncio, agradáveis acasos cotidianos, ares arejados pelo N9VE.
Só mais um pleonasmo...
Rola a barra aí, o marasmo acaba de acabar!!!
Por Cláudia S. Ioschpe
claudia.ioschpe@rbsonline.com.br
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