Argentinos saúdam a entrada do Boca em campoFoto: Márcio Gomes/clicRBS |
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Confesso que me surpreendi um pouco com a Bombonera. Mas não pelas razões que imaginava. Sim, a entrada do Boca em campo é muito bonita e o grito uníssono da torcida na arquibancada é de arrepiar. Porém, os boquenses não cantam TODO o tempo. Pelo menos não nessa partida.
A perplexidade se deve ao estado de La Bombonera. O estádio não é só antigo, mas bastante mal-cuidado. Por dentro e por fora. A torcida gremista teve que subir vários lances de escada úmidos, caindo aos pedaços e fedendo a urina para chegar na parte que lhe era destinada.
O Boca Juniors merece uma nova arena. Chega de tratar mal os torcedores que pagam caro para assistir a um jogo de futebol. Eles têm o direito de ficar melhor acomodados na Argentina, no Brasil e nos demais países da América do Sul.
Expectativa é por uma nova noite imortalFoto: Márcio Gomes/clicRBS |
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Depois do baque de tomar o terceiro gol no final do jogo, os lamentos pela goleada na Bombonera deram lugar ao gritos de esperança pela volta da tão alardeada imortalidade gremista. Comparações (sérias e irônicas) com a semifinal do Gaúchão contra o Caxias não poderiam deixar de faltar. Eis algumas frases de consolo ouvidas após o jogo:
– Eles perderam a chance de matar o Grêmio aqui (na Bombonera).
– Vai ser 2 a 0 no primeiro tempo e 2 a 0 no segundo no Olímpico.
– O Boca é um Caxias com grife.
E por aí vai....
Torcida aguarda apreensiva o final do jogoFoto: Márcio Gomes/clicRBS |
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A torcida do Grêmio foi a primeira a ser liberada ao final do jogo. E o ambiente é bem diferente da chegada. É clima de velório, mesmo.
Até 2 a 0 dava para escutar gritos de incentivo, de apoio. O pessoal acreditava na virada no Olímpico. Mas depois do terceiro, o sentimento é de que a coisa ficou bastante complicada!
Sobre o jogo, rapidinho, a falta do Sandro Goiano, que resultou na expulsão, foi lamentável. E a opinião geral aqui é que o Gavilán e o Teco foram os melhores do time.
Bom, agora vou descobrir onde está o ônibus que vai levar a turma de volta ao aeroporto. De lá, volto a fazer contato!
Cheguei no estádio há pouco. No caminho para cá, passamos por seis barreiras, e três revistas policiais. A Bombonera parece um estádio meio velho. Para chegar até a parte do Grêmio, tive que subir uma escadaria e estou com o joelho estourado. Agora estou na beira da arquibancada, e tá me dando um medo de cair lá embaixo...
Polícia segura a torcida do BocaFoto: Márcio Gomes/clicRBS |
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Do ônibus até a Bombonera foram cerca de 50 minutos de percurso. O tempo inteiro fomos escoltados por policiais argentinos. O bairro onde estamos é, literalmente, uma bocada.
Vamos ingressar pela parte sul do estádio para não nos encontrarmos com a torcida do Boca. Foram seis barreiras policias durante o trajeto a pé e três revistas. Só cruzamos com os argentinos quando eles estavam bloqueados por policiais para permitir a nossa passagem. Na ida para o estádio, o sistema de segurança é bem eficiente.
O próximo contato será de dentro da Bombonera! Até mais!!!
Capa do livro "Grêmio – Nada Pode ser Maior"Foto: Divulgação |
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Um dos gremistas mais ilustres da atualidade, o escritor e jornalista Eduardo Bueno, o Peninha, está pensando em reescrever o seu livro sobre o Grêmio – "Nada Pode ser Maior" (Ediouro, 272 páginas). Ele acha que a frase de abertura ficou ultrapassada.
– Vou aprimorar a minha frase. Futebol-arte não é coisa de veado. Fazer gol desnecessários é coisa de veado. Vamos ser campeões da Libertadores com o menor número de gols da história – brincou.
Apesar da tensão que envolve um jogo desta natureza, a viagem tem sido marcado pela descontração, como se vê. Já nos juntamos aos demais torcedores gremistas na Avenida 9 de Julho, perto do Obelisco. Estamos a cerca de 10 minutos da Bombonera e impressiona o fato de não se avistarem camisas do Boca pelas ruas.
Já estamos no Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires. A viagem foi tranqüila, com alguns momentos de cantoria gremista. Tá meio friozinho, cerca de 12, 13 graus. No caminho do avião até o aeroporto fomos conduzidos por um motorista brasileiro, vascaíno. O pessoal não perdoou mesmo foram aqueles carrinhos que carregam as malas: tudo porque tinham bandeirinhas vermelhas e brancas.
– Sai secador! – gritou um mais exaltado, sob risos dos demais.
O ônibus que nos levará para a Avenida 9 de Julho, onde encontraremos os demais torcedores do Grêmio, está atrasado. Deve sair em seguida. Pelo previsto, seguimos em carretada a partir das 19h30, do monumento do Obelisco para a Bombonera. Os portões do estádio abrem às 20h.
Anonymus GourmetFoto: Cláudia Ioschpe / clicRBS |
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Entrei há pouco no expresso tricolor – o avião da BRA que levará gremistas a Buenos Aires. A decolagem deve ocorrer dentro de alguns minutos. O pessoal já canta e grita palavras de apoio ao Grêmio. Entre os membros da caravana, o jornalista José Antônio Pinheiro Machado (o Anonymus Gourmet), Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo (ex-presidente do Grêmio e participante do Sala de Redação e do Diário Gaúcho) e o ex-governador do Estado, Antônio Britto.
O vôo deve durar uma hora e meia, por aí. Chegando lá, vamos de ônibus até um local perto do estádio La Bombonera, ponto de encontro para todos os gremistas que irão ao jogo. Perto das 20h já devemos estar entrando no caldeirão da Bombonera.
Minha identidade meio velha, amassada, provocou certa correria na hora de embarcar. Tive que plastificar a carteira para evitar maiores problemas.Depois de tudo, o responsável da Infraero me perguntou se eu – um quase-balzaquiano – era menor. Ah ta!
Foto: Cláudia Ioschpe / clicRBS |
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A torcida tricolor já tomou o Aeroporto Salgado Filho. Estou na fila para o check-in do vôo da BRA, que levará 150 gremistas para o primeiro confronto com o Boca, na Bombonera.
Há cerca de cem pessoas na fila esperando. No monitor do aeroporto, vejo que a decolagem está confirmada para 13h. Perto daqui, outra fila de gremistas, da Aerolíneas Argentinas.
Daqui a pouco mando mais informações.
Uma das vencedoras da promoção da RBSFoto: Cláudia Ioschpe / clicRBS |
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Se não houver atrasos, o avião que levará os 30 vencedores da promoção da RBS para ver Boca e Grêmio e o autor deste blog deve levantar vôo por volta das 13h. Nesse caso, chegaríamos em solo argentino pouco depois das 14h.
Até a hora da partida, às 21h45min, serão mais de sete horas para sentir o clima do jogo. A caravana de ônibus que levará todos os torcedores gremistas para a Bombonera deve começar o deslocamento no começo da noite. Se as condições tecnológicas e meterológicas permitirem, manterei vocês atualizados até lá.
Apesar de ter um dia e uma noite longa pela frente, acordei mais cedo do que gostaria. Já sentido os ares de Buenos Aires (não, não tem nada queimando na cozinha. É apenas uma forma de dizer que já estou com a cabeça na Argentina), resolvi entrar na internet e ler o que a imprensa argentina fala do jogo.
Na edição imprensa do Clarin, o jogo desta noite é o quarto destaque: "Primera final contra Gremio para un nuevo sueño de Boca". O texto destaca que esta deve ser a última partida de Riquelme na Bombonera e que o único problema da equipe é a gripe que atingiu vários jogadores. Segundo o Clarin, será La final de las finales.
Uma entrevista com o goleiro gremista Sebastian Saja também é uma das chamadas de capa do Clarin. O arqueiro argentino, que marcou um gol de pênalti no seu último jogo no estádio do Boca, disse que esse será um momento muito especial. Destacou ainda que a atitude gremista hoje a noite será fundamental.
No Olé, o destaque dado para a final da Libertadores é bem tímido neste começo de manhã. Confesso que demorei para encontrar algo na capa do site. Mais uma vez Saja é um dos destaques. Desta vez, comemorando um possível título argentino do San Lorenzo, seu ex-clube.
O site afirma ainda que o Grêmio No parece brasileño: "Si alguien espera a un rival típico brasileño, cultor del jogo bonito, que ataca, se equivoca. Gremio llegó a la final con polenta, peleando y sin jugar tanto. Hace dos años estaba en Segunda, y con el mismo DT".
Sobre a foto do autor deste blog:
Não, eu não estava sob efeito de nenhum tipo de substância ou medicamento quando minha foto foi tirada pelo colega do clicRBS André Albuquerque. Apareço com esses olhinhos fechados e com um sorrisinho meio bobo na imagem do perfil por puro acaso.
Dito isso, vamos em frente.
Tem gremista que já tá em Buenos AiresFoto: Ricardo Duarte/Agência RBS |
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Mais de 2 mil gremistas devem embarcar nesta quarta para acompanhar a primeira partida da final da Libertadores contra o Boca Juniors, em Buenos Aires. Além de ter de aguentar no peito a pressão e o grito de milhares de argentinos, provavelmente terão que enfrentar neblina, chuva e possíveis atrasos em aeroportos. Tudo para uma partida que, independente do resultado, deve ficar na memória de todos.
E essa história que pretendo contar a partir desta quarta. Você vai poder acompanhar os relatos nesse blog. Comente, analise, critique, discorde. Só não vale xingar a mãe.
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