Cheguei cedo ontem, queria dar uma olhada na preliminar da gurizada. Fiquei muito feliz com o grande movimento horas antes da partida principal, no pátio e arredores do Olímpico, mas também fiquei surpreso quando entrei no estádio e vi que tinha muita pouca gente. Ouvia na Gaúcha que o movimento só aumentava, mas dentro continuava devagar.
Grande parte dos mais de 40 mil gremistas deixou para entrar no Olímpico minutos antes da bola rolar, porque já que aquela cervejinha clássica não pode mais ser vendida dentro, todos ficaram um tempo a mais curtindo a sua gelada fora do estádio. Isso não seria problema algum, se não fosse uma iniciativa que pode potencializar os exageros.
Infelizmente brigas não são nenhuma novidade, mas vi uma agressão tão estúpida que me fez refletir sobre essa lei. Um metido a "dono da razão" ficou estressado porque o gremista da frente estava batendo fotos do seu filho, que tinha entrado no campo junto com os jogadores. A mão levantada do pai de família atrapalhou a sua visão durante uns 10 ou 15 segundos aproximadamente, e depois de trocar alguns insultos, o cara desferiu um soco abrindo o supercílio do outro gremista, que ficou ali estatelado no chão, sob o olhar apavorado da sua esposa que nada pode fazer. O covarde então correu para se esconder na multidão, que demarcava o seu paradeiro, mas a policia chegou depois de 5 minutos e não pode fazer nada.
Não digo que a bebida foi a responsável pela atitude covarde, mas estava estampada na cara do arruaceiro o efeito do álcool, e ele chegou ali no máximo 20 minutos antes da bola rolar.
É meio lógico que, durante o jogo dentro do estádio, o pessoal tem a atenção dividida entre a sua cervejinha e o futebol, o radinho, os cantos, a alegria ou indignação, e ainda fica dependendo do vendedor que vai trazer a ceva, ou de ir na copa buscar. Já na parte de fora, somente a bebida é o lazer, e o acesso é BEM mais fácil com os famosos "dois latão a cinco pila"...
E é aquela iniciativa de compensar o tempo "seco" dentro do estádio, bebendo o máximo que pode na rua. Espero que essa lei não acabe virando um tiro no pé.
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