O Grêmio fez a maior atuação de um time neste Brasileirão para assumir a ponta da tabela sem deixar dúvida. Já tinha jogado muito bem contra o Cruzeiro sábado passado, mas desperdiçou as chances criadas e venceu só por um a zero. Contra o Figueirense em Florianópolis, onde não vencia há seis anos, o time de Celso Roth ensinou futebol contemporâneo a seus pares.
Soube atacar como o mais sagaz dos mestres das artes marciais. Também foi capaz de se defender com a concentração dos budistas. E, por fim, teve a eficiência de um campeão de xadrez russo. Não há atuação individual a destacar, se não a de todos. Perea foi soberbo ? E o que dizer de Reinaldo, que jogou um terço do tempo do colombiano e marcou os mesmos três gols ? E de Marcel, peça fundamental no pivô ofensivo. E do trio de meio-campo empenhado em executar equilibradamente as tarefas de marcação, armação e chegada na frente ? E a zaga toda desfalcada e nem por isso vulnerável ? E o goleiro que faz grandes defesas como quem toma um copa d'água ?
Assumir a liderança ainda não significa favoritismo no Brasileirão. Mas eu não vi ninguém jogar tanto futebol fora de casa como o Grêmio em Santa Catarina. Foi a terceira vitória fora de casa, a maior goleada do campeonato, uma atuação irretocável. Tudo potencializado pela surpresa de ver um time que começou o Brasileirão debaixo de todas as dúvidas chegar agora à ponta da tabela jogando o melhor futebol entre todos os candidatos.
Imagine o que será o estádio Olímpico domingo. O Palmeiras ganhou o clássico do Santos e vem para o confronto confiante de que chegou a hora do salto de qualidade no campeonato. E o Grêmio...bom, o Grêmio acaba de dar este pulo acrobático que encanta e surpreende ao mesmo tempo.
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