Não foi só uma vitória sobre um concorrente direto, não. Vencer o Cruzeiro no Olímpico era estrategicamente importante, mas o torcedor gremista saiu do estádio com encantamento. O técnico Celso Roth fez seu time jogar bom futebol, não só marcar bem e produzir o suficiente para uma escassa vantagem.
O Cruzeiro tinha desfalques graves. Fabrício, Ramirez e Vágner são os melhores jogadores do meio-campo e não puderam jogar. Diminuiu muito a qualidade geral dos mineiros. Mas o principal fator a inibir o Cruzeiro foi mesmo o Grêmio. Marcação no campo adversário, jogadas com bola no chão, aproximações, tabelamentos, uso das laterais, o repertório completo de uma atuação de primeira foi executado pelos gaúchos. Na verdade, o único defeito gremista foi não ter convertido mais do que uma das oito situações de gol criadas ao longo do jogo.
Só pelo desperdício do Grêmio é que o placar ficou em aberto até o fim da partida. O Cruzeiro melhorou no início do segundo tempo, não o suficiente para empatar. O Grêmio, ao contrário, teve chance de ampliar o placar durante toda a segunda etapa. Se na primeira metade do jogo o time gremista esteve perto da perfeição no seu trabalho de defender, armar e atacar, na segunda o Cruzeiro cresceu e ameaçou. Nem neste momento o Grêmio jogou mal. Os primeiros quinze minutos do segundo tempo foram eletrizantes. Depois, a equipe gaúcha retomou o controle absoluto da partida e cansou de despediçar o que produzia. Destaque para Paulo Sérgio. Além do gol, esteve bem em todos os outros movimentos que tentou no jogo.
A perspectiva gremista é ainda melhor para a sequência do campeonato. Vão estrear Souza e Ortemann, a direção promete um atacante de ponta, a confiança cresce, o torcedor se torna cúmplice do time e o círculo virtuoso se fecha. Agora, o adversário é o Figueirense em Florianópolis. Dá para ganhar.
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