O empate do Grêmio na Ilha do Retiro cumpriu o roteiro de manter o time gaúcho no G-4. A maioria das equipes deste Brasileirão vai perder no Recife, se considerarmos o que o Sport tem feito por lá ao longo da temporada. Neste sentido, o resultado foi bom. O próximo jogo do Grêmio é contra o Cruzeiro no Olímpico, disputa direta por posição no top Libertadores. Os mineiros ganharam do Atlético do Paraná por um a zero no Mineirão e estão na vice-liderança isolada.
Porém, algo chamou a atenção na partida da Ilha. Não foi o fato de o Grêmio estar na frente por duas vezes e ceder o empate. Na verdade, a forma como o time de Celso Roth sofreu os dois gols é que preocupa. Aí, entra o mote do título deste post. O bônus de tanta marcação imposta pelo treinador gremista a seus comandados é o título de melhor defesa do campeonato. Mas o ônus de ser uma equipe tão empenhada em se defender vem na outra face da moeda. O Grêmio é o time mais faltoso do Brasileirão. Na noite desta quarta-feira, controlava o movimento ofensivo do Sport com bola rolando, mas o fazia à custa de faltas, muitas faltas. Em duas delas, sofreu os dois gols do empate.
Numa partida como a de ontem, os dois gols sofridos de bola parada vai para a conta do sacrifício que se faz em nome de arrancar um empate do Recife. Porém, na soma do campeonato, o Grêmio corre o sério risco de sofrer gols que poderia evitar, não fosse cometer tantas e repetidas faltas. Marcar bem não é fazer falta. A bola, neste caso, continua com o adversário que deve ter treinado jogadas de bola parada na semana inteira. Mais do que impedir o ataque do outro time, o Grêmio acaba por criar um ataque pronto contra si.
= Assistia a Palmeiras 3x1 Fluminense no Parque Antártica. Embora o jogo tenha sido de boa qualidade, o melhor da partida foi a atuação do árbitro. Um gaúcho, Leandro Vuaden. Ele desconsiderou a manha tão maléfica para o nosso futebol de jogadores preferindo cavar faltas do que tentar seguir na jogada. Não lembro de ter visto uma partida em que a bola tenha rolado tanto. Vuaden só marcou as faltas do jogo, não as pretextadas pelos jogadores. Resultado, uma grande atuação do árbitro que mora em Lajeado.
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