Róger tem o direito de ir ganhar o dinheiro da vida dele no Catar. Sua carreira tantas vezes prometeu decolar por conta do seu grande futebol, mas algo impedia o vôo definitivo. Neste episódio da saída do jogador, talvez esteja parte da explicação.
Róger não agiu corretamente, o presidente Paulo Odone tem razão. Hoje, um dia antes da viagem para o jogo contra o Botafogo, o meia avisou que não viajaria por causa da proposta árabe. Ainda pediu dez dias para ir até o Catar e, quem sabe, retornar e seguir jogando por aqui. O dirigente gremista reclama, com justiça, a surpresa da negociação. Argumenta que o clube sempre foi correto com ele, o que é obrigação. Não discute o direito do jogador em ganhar seu dinheiro em petrodólares, apenas rejeita a forma adotada por Róger para encerrar sua curta história no Grêmio. Neste sentido, Paulo Odone está inteiramente certo.
Róger está tomando uma decisão que muda o rumo de sua carreira. O Grêmio era a última chance de retomar prestígio no futebol brasileiro, e ele vinha dando uma resposta excelente dentro de campo. Agora, vai enriquecer no Catar, mas sabe que fechou a última porta de clube grande no país.
Não bastasse, com um deslize ético que dá a todos a sensação de que Róger não tinha mesmo jeito de recuperar credibilidade junto ao mundo da bola no Brasil.
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