O Grêmio viu de longe a movimentação frenética dos dirigentes do Inter em busca do seu ex-treinador Tite. Durante a semana, pôde trabalhar com uma tranquilidade só vista normalmente em clubes pequenos, não nos que têm a dimensão do Grêmio. Celso Roth chegou a levar um susto com a lesão de Róger, mas confirmou o jogador, o que é fundamental para o processo criativo da sua equipe.
O adversário é fraco, o que não deixa o jogo fácil, não. O Goiás já goleou a dupla grenal com times inferiores aos gaúchos. Eduardo Costa esteve ontem no TVCOM Esportes e disse que o erro é se atirar para o ataque num campo daquele tamanho. O gramado é um dos melhores do Brasil, mas tem um corte que o deixa muito fofo, o cansaço vem antes para os visitantes do que para quem conhece e joga lá o ano inteiro.
Outra motivação dos goianos vai estar na estréia de Iarley. No último grenal que houve no Olímpico com vitória colorada, o atacante foi autor do gol. No Inter, não vinha jogando bem, mas chega para o Goiás com status de jogador de ponta, o que certamente vai lhe dar confiança e motivação extra. Adriano Gabiru também estréia e sempre é um grande ponto de interrogação. Sua irregularidade foi o que mais atrapalhou a carreira.
Enfim, a hora é boa para ganhar do Goiás. Há muito tempo o Grêmio não começava um Brasileirão tão bem. Boa-sorte a Celso Roth e comandados.
= Vitório Piffero tem tomado decisões muito criticadas por boa parte dos analistas, e eu tenho sido um dos mais veementes nas críticas à inação ou demora dos dirigentes em lidar com Abel Braga e, depois, em substituí-lo . Mas preciso fazer um elogio ao presidente colorado. Poucas vezes vi, em 22 anos de jornalismo esportivo, um dirigente tão elegante na reação às críticas. Piffero não marca ninguém, não pede cabeças a chefes de departamentos de esporte das empresas, responde com serenidade quando criticado. Esteve ontem no TVCOM Esportes, reiterei a crítica quanto à demora na contratação do novo técnico, e sua resposta foi tranquila, embora eu siga discordando do seu conteúdo.
É bom trabalhar assim, a civilidade norteando o comportamento de quem faz e de quem analisa futebol. É bom, mas não é comum...
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