Falei há pouco com Tite por telefone. Ele não está gravando entrevista para rádio ou tevê, mas não se furta a conversar com quem o procura. O assunto, claro, a possibilidade de trabalhar no Inter.
Cauteloso como convém, o treinador campeão da Copa do Brasil com o Grêmio em 2001 estuda cada palavra para evitar dúbia interpretação. Se carrega a fama de gremista, prefere ressaltar que é profissional. Se a ele se atribui a saída de Paulo Paixão do Grêmio, Tite apenas diz que se obrigou a guardar silêncio sobre o assunto, ainda que a atitude lhe trouxesse prejuízo. Quanto a treinar ou não o time colorado, o técnico entende que qualquer palavra mal colocada tiraria a naturalidade do processo.
Eu sou um admirador do trabalho de Tite, e tenho dito nos espaços que me são destinados que ele é o melhor dos treinadores que estão no mercado neste momento. Teve grande performance no Grêmio, depois classificou o São Caetano à Libertadores e foi fundamental para evitar a queda corintiana no ano anterior à era Kia. Só no Atlético Mineiro não conseguiu realizar bom trabalho. Depois da Arábia, não trabalhou em nenhum time brasileiro.
Tite tem imenso potencial para universalizar seu trabalho. E, para tanto, precisa
treinar o Inter e apresentar bom resultado. Pode estar chegando seu momento.
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