O Grêmio ia perder, um dia, no campeonato brasileiro, certo. Mas poderia não ter perdido logo para um time fraco como o Vasco, uma oportunidade de vencer fora de casa que não vai-se repetir a cada rodada. A semana que entra é de trabalho para a partida de domingo contra o FLuminense. Alguns ajustes haverá por parte do técnico Celso Roth.
A formação de banco, por exemplo, não foi boa. Fazer sobrar Rodrigo Mendes para incluir Jonas não foi uma boa idéia do treinador. Tirar Róger, outra vez, é uma decisão a ser discutida. Ele não jogava bem como no primeiro tempo, mas o fato é que ninguém jogava. O Grêmio não soube responder à ação de Antônio Lopes, que fez entrar um terceiro atacante no lugar de um meia. Jean marcou os dois gols da virada, e o time gaúcho deixou de ganhar um jogo plenamente vencível. Quando precisou reagir, sobrou empenho e vigor nos que entraram, Jonas e Makelelê. Aí, como Róger já havia saído, faltou qualidade para que o terceiro reserva que jogou, Marcel, fosse abastecido com bola à feição para concluir.
= É de muita igualdade este início de campeonato. As rodadas que se sucedem reforçam esta verdade, o que serve para qualquer tipo de leitura. O otimista dirá que está mais fácil de conquistar o título, pois não há timaço no Brasileirão. O pessimista argumentará que também está mais fácil de ser rebaixado, porque o pior time do torneio não é tão pior que os outros.
= O que aconteceu no Recife, de novo, já é grave o suficiente para que a CBF ou a justiça desportiva tome uma providência. Quando acontece alguma lambança envolvendo polícia e jogadores, a capital pernambucana aparece na manchete. Verdade que o zagueiro André Luís do Botafogo teve um faniquito ao ser expulso. Mas sua atitude tem o fóro adequado para ser julgada. Ele não é bandido, não pode ser tratado como tal. Também não tem sentido prender um jogador porque fez um gesto obsceno na saída do campo. Nem a Liga das Senhoras de Santana se autorizaria a tamanha carolice. É preciso saber a hora de agir para evitar que, quando o pior aconteça, todos nós façamos uma cara contrita de lamento e pesar e não possamos mais reverter o mal.
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