Renato Portaluppi foi um audacioso desde os tempos de jogador. Em seu primeiro jogo como titular pelo Grêmio, transformou o craque Júnior do Flamengo em coadjuvante do seu espetáculo. Era a final do Brasileirão 82 vencido pelo time carioca. Desde aquele momento até o fim da carreira, Renato caracterizou-se como um polêmico vitorioso. Defendia cada uma de suas ousadias com resultados de campo extraordinários. Libertadores, Mundial, Brasileirão, Copa do Brasil, estaduais, Renato ganhou tudo por clubes diferentes.
É com alegria que vejo o Renato Portaluppi treinador tão ousado como nos tempos em que vestia calção e calçava chuteira. A classificação do Fluminense sobre o São Paulo teve a marca da audácia do técnico gaúcho. Tirou um volante que jogava bem, Arouca, colocou o atacante Dodô, seu time correu riscos, cedeu o empate, mas não desistiu de vencer em momento algum. O futebol nem sempre é justo, mas na noite iluminada de Maracanã fez-se justiça. Uma vitória que Renato Portaluppi comemorou jogando-se ao chão, chorando e, por fim, contemplando o estádio ensandecido numa solidão emocionada.
Não sei se o Fluminense vai ser campeão da Libertadores. O Boca passeou no México e superou o Atlas, é semifinalista de novo e tem um megatime. Mas o que foi conseguido por Renato e seus jogadores até agora já vale um elogio do tamanho do Maraca.
Bela façanha, Gaúcho !
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