O técnico Celso Roth merece o crédito de ter apresentado um time organizado nas duas primeiras rodadas do Brasileirão. Ganhou quatro pontos em seis, autoriza ao torcedor a projeção de que não vai angustiá-lo numa luta para evitar rebaixamento.
Pelo contrário, o Grêmio aponta para um caminho de progresso ao longo do campeonato. À medida que cheguem novos reforços para dar alternativa ao grupo, Celso Roth terá a possibilidade de tornar sua equipe mais competitiva e parecida com aquelas consideradas favoritas para título ou vaga na Libertadores.
Porém, os gremistas devem torcer para que seu técnico revise alguns conceitos. O principal deles, a reiterada opção por substituir os talentosos sempre e os operários, raramente. Contra o Flamengo, Róger era destaque e se sentia bem em campo. Celso Roth o substituiu por outro jogador do meio para frente, Rodrigo Mendes, mas criou um desconforto desnecessário junto a seu principal jogador. ALiás, Celso reluta em considerar Róger um jogador diferenciado, o que me parece um equívoco. Quem tem um articulador desta qualidade precisa fazer um esquema para aproveitar o máximo de sua capacidade técnica. O camisa dez do Grêmio tem sido elogiado pelo técnico pelos carrinhos que dá. Mas sua qualidade maior não é esta; o elogio mais justo seria pela sua criatividade, o que ele tem de melhor.
Se Celso Roth agregar a boa convivência com os diferentes ao seu jeito de treinar futebol, aumenta muito sua perspectiva de sucesso. Do contrário, corre o risco de seguir fazendo campanhas que oscilam entre o bom e o médio, sem o salto de qualidade que representa um título grande na carreira de um treinador de ponta.
A escolha é só dele.
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