André Krieger está assumindo o comando do departamento mais visado de um clube de futebol. Já esteve neste cargo em 99, obteve sucesso com dois títulos no primeiro semestre, mas no segundo a produção caiu bastante.
Nove anos depois, Krieger é um dirigente mais experiente a enfrentar uma situação mais crítica. Sua primeira medida foi impopular, a manutenção do técnico Celso Roth. Se manteve o treinador por convicção, acertou. Precisa acertar ou errar pela sua cabeça; logo, se acredita no profissional, dá crédito a ele. Porém, se a escolha foi uma resignação diante da escassez do mercado ou do valor da multa rescisória, não é um bom começo.
O mais importante é que André Krieger reconhece a urgente necessidade de forrar o grupo com mais qualidade. Como já referi outras vezes, o time possível de fazer com o elenco atual sem ninguém lesionado não seria ruim. Mas faltam opções para o treinador, não há peças de reposição em quantidade e qualidade suficientes. Por isso, o novo diretor de futebol aceita o fato de que necessitará ir ao mercado para fazer aquisições.
Os dirigentes do Grêmio gostam de projetar a formação de uma equipe competitiva, guerreira ou suas variáveis de semântica. Partem do princípio de que a essência gremista não prescinde desta coragem épica. No entanto, embora este texto se adapte à imagem de valentia tão estimada pelos dirigentes, é impossível fazer futebol sem qualidade. Não faltou coragem, valentia ou espírito guerreiro ao Grêmio em seus recentes fracassos.
Faltou futebol. Seria bom que o novo dirigente gremista do departamento atacasse este aspecto em sua ação. O Grêmio não precisa de um serviço da Tropa de Elite, não é o capitão Nascimento que mudará a feição do time. Cuidado...
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