Paulo Pelaipe fora do comando do futebol é a primeira baixa provocada pela crise. E não se trata de pouca coisa; Pelaipe fez bom trabalho à frente do departamento na remontagem do grupo de jogadores a cada virada de ano. Este ano, porém, cometeu um erro que desandou, agora, no turbilhão vivido pelos gremistas. Respaldado pelo presidente Paulo Odone, demitiu um treinador vitorioso por motivos pueris. Vágner Mancini trabalhou com um grupo de qualidade duvidosa. Quando chegaram os primeiros reforços, Mancini foi sacado porque seria ofensivo demais em seu esquema de jogo. Contratado para fazer o Grêmio retomar seu futebol de solidez defensiva e muita marcação, Celso Roth revelou-se insuficiente para os momentos decisivos. Ele foi trazido pelo medos dos dirigentes de que Mancini representasse uma tragédia esportiva traduzida em desclassificação na Copa do Brasil ou no Gauchão. Nunca saberemos como seria com ele, mas sabemos como foi com seu substituto. Se Celso Roth fica ou não, importa menos do que a qualidade que será disponibilizada a ele ou a outro qualquer. Se todos os jogadores estivessem em condição de jogo, o Grêmio teria um time que, reitero, se candidataria ao título da Copa do Brasil. Porém, na lesão de jogadores importantes, revelou-se a fragilidade de altenativas que, aliada às decisões equivocadas do treinador, levou o Grêmio ao fracasso que hoje amarga. Tenho para mim que Paulo Odone vai assumir a tarefa da reconstrução do departamento de futebol. Pode até colocar alguém no comando, mas estará mais presente na reformulação, a começar pela escolha do treinador. Não me parece convicto de que Celso Roth deve permanecer, hesita em trazer Tite, flerta com Guilherme Macuglia e precisa decidir sem pressa, mas também sem lerdeza. Dias difíceis ainda virão por aí...
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