Nada mais impressionante neste Gauchão do que a classificação do Juventude sobre o Grêmio. E também merecida. O técnico Zetti foi o fato novo gerado pelo clube caxiense em meio ao campeonato, e a resposta do grupo se apresentou imediatamente. Ganhou do Madureira no meio da semana e classificou na Copa do Brasil. Com a confiança adquirida a partir deste resultado, o Juventude jogou no Olímpico e deu um nó tático no time improvisado que Celso Roth colocou em campo.
A responsabilidade de escalar o time é do treinador, e Celso Roth não escolheu o que tinha de melhor. A insistência com Nunes de volante, por exemplo, expôs o jogador à vaia cruel da torcida. Ele é um jogador com grandes problemas quando tem a bola no pé. Na marcação, faz faltas antes de tentar tirar a bola do adversário. Até hoje, ninguém conseguiu corrigir estes defeitos do jovem jogador. Porém, Celso insistiu com ele e não deu chance a Júnior e nem ousou com Rafael Carioca, volante-destaque dos juniores. Eduardo Costa vem sendo escalado como segundo volante sem boa resposta. Júlio dos Santos não fazia a menor idéia da função que deveria exercer no time, Perea abandonado no ataque, Róger fora do lugar não foram boas decisões.
No entanto, a direção tem parcela de culpa no fracasso. Alguns titulares são discutíveis. As alternativas, sofríveis. Vágner Mancini foi demitido equivocadamente trabalhando com qualidade ainda inferior. E agora, o que fará a direção com o técnico que o substituiu ? Claro que não tem sentido demiti-lo, sob pena de que nenhum treinador consiga trabalhar no clube. Mas em que momento os dirigentes assumirão o fato de que não deram material humano suficiente para seus treinadores em 2008 ?
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