Perder para o bom São José de Argel poderia ser um acidente de percurso, nada mais. Porém, somada aos quatro jogos sem vitórias anteriores, a goleada do Zequinha em cima do Inter fez explodir toda a insatisfação dos vermelhos diante do que veem a cada rodada. Não lembro de ter visto na administração recente do clube torcedores virando as costas para o jogo como forma de protesto. Pois aconteceu no Passo D'Areia.
Jorge Fossati demora a se adaptar aos costumes locais. Não bastasse, demorou para mudar de esquema, tornou inseguros jogadores que terminaram 2009 em alta - casos de Giuliano e Marquinhos -, atrasa o processo de definição da equipe sob o discutível argumento de que não considera importante ter uma equipe de onze titulares. Se faz um bom trabalho ? Não, não faz.
Fernando Carvalho foi corajoso ao assegurar a permanência do técnico logo após o vexame. O dirigente sabe mais do que ninguém o quanto pode ser decisivo para o treinador ter o apoio do seu comandante e o quanto este trabalho pode crescer a partir daí. No entanto, para que Jorge Fossati evolua sua atuação à frente do elenco vai precisar revisar e consolidar conceitos novos. Será capaz ?
= Há jogadores que estão jogando muito menos do que podem. Kléber apagou-se. Fabiano Eller demora a se recuperar em campo. Sorondo capenga. Wilson Mathias sente toneladas sobre as costas com o epíteto de "espetacular". Alecsandro se recolhe na crise. Taison se perde nela. Walter recém retornou. Edu não se justifica. Ontem, D'Alessandro fez um segundo tempo interessado, embora dispersivo. Só Guinazu manteve o padrão de se multiplicar, ainda que com poucos resultados visíveis no gramado.
= Por fim, méritos ao time do São José. Argel errou, não devia ter comprado a discussão com D'Alessandro. Porém, montou seu time com precisão cirúrgica e mereceu a vitória.
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