O Inter hoje à noite está fora de casa, embora pareça que não. O Flamengo no Chile deu lições aos colorados de como não jogar uma partida de Libertadores longe dos seus domínios. Durante grande parte do primeiro tempo, o time carioca foi muito superior ao Universidad, mas não traduziu em gols a boa atuação. Bastaram cinco minutos de desatenção para que o dono da casa fizesse seu gol. Abre o segundo tempo e o Flamengo empata. Mais cinco minutos e os chilenos passam na frente em falha de Bruno. A equipe brasileira não se acha mais no campo até o fim do jogo. Erros de passe, desconcentração, enfim, um cardápio de equívocos que o Inter não deve cometer em Rivera.
* À primeira vista, vencer só por um a zero o modestíssimo time do Votoraty poderia ser considerado um resultado apenas razoável. Porém, comparado com os demais, o Grêmio cumpriu a agenda de encaminhar sua classificação e deixar a confirmação para o Olímpico. O Vasco empatou, o Atlético Mineiro perdeu, o FLuminense foi o único a antecipar a passagem de fase vencendo o Uberaba por dois a zero. O time de Silas esteve bem perto de alcançar o feito, faltou a bola de Jonas a 43 do segundo tempo entrar ao invés de bater na mão do goleiro e na trave. Era a décima vitória seguida do Grêmio, uma soma de resultados que protege o trabalho do treinador.
* A Copa do Brasil evidencia a pobreza franciscana de alguns clubes do país. Mas não é só pobreza, não. Há descaso, relaxamento mesmo. Goleiras com rede improvisada, arquibancadas de madeira, campos impraticáveis como o de ontem em Votoraty. A CBF deveria ser mais dura com os clubes participantes do torneio. Legal a mistura das séries A, B, C e D. Porém, nenhum estádio deveria ser liberado mediante três condições inegociáveis : vestiários decentes, iluminação suficiente e gramado em bom estado de conservação. Caso contrário, não joga e pronto. Expor jogadores profissionais a campos como o de ontem é inaceitável.
* O Barcelona segue assegurando a quem gosta de futebol momentos únicos de degustação. O time espanhol desfaz a lógica medíocre de que só é possível ganhar jogando pragmaticamente num misto de faltas em sequência, marcação priorizada sobre a criação e sistema defensivo predominante. Pepe Guardiola construiu um Barcelona veloz, técnico, dominador e efetivo. O Barça joga baseado em posse de bola, movimentação e ataque incessante. Goleou o Stutgart no Nou Camp e se candidata a enfrentar um inglês na final da Liga dos Campeões. Por capricho do destino, a decisão será no Santiago Bernabeu, casa do Real Madri. Sou Barcelona desde pequenininho, não por gostar da sua mistura de cores, mas pelo que seu estilo representa ; a vitória do futebol bem jogado sobre quem entende que o esporte é uma guerra, não um jogo.
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