Dirigente de futebol tem direto a opinar sobre futebol, não parece lógico ? Se um repórter faz uma pergunta, o dirigente responde, certo ? Pois é, mas no Inter virou incidente diplomático. O vice Fernando Carvalho e o diretor Giovani Luigi reprovaram o meio-campo leve formado pelo técnico Tite domingo passado. A goleada de 4x0 com boa atuação não foi suficiente para que os dois se convencessem de que dá para fazer futebol de outra maneira que não com um volante fixo à frente da área.
No episódio, sobrou elegância para o técnico colorado. Não confrontou seus superiores, tampouco disse que faria o que eles gostariam. Na verdade, entendo ser direito do dirigente dar sua opinião sobre o time seja na imprensa, seja em conversa com o próprio treinador. Na nossa cultura gaúcha, não estamos acostumados à divergência exposta. Ainda vale a lei da economia interna promulgada por Rudi Armin Petry na década de 60 no Grêmio. Não considero que Carvalho ou Luigi tenham sido desrespeitosos com Tite, embora ambos já tenham recuado de suas declarações.
É preciso conviver com as diferenças seja no futebol, seja na vida. Com civilidade, as opiniões são emitidas e cada um faz sua parte. Treinador escala; se der errado, é cobrado pelo dirigente a quem deve satisfações e segue a vida.
A semana grenal está só começando...
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