Jogador profissional tem que estar preparado para tudo, do melhor ao pior. Veja o caso de Jonas; o atacante atuou na Portuguesa no Brasileirão e não evitou o rebaixamento da Lusa. Porém, marcou dez gols e fez excelentes atuações. Com contrato em vigor com o Grêmio, Jonas se reapresentou e pensou que de novo seria emprestado ou até liberado para seguir carreira.
Celso Roth, no entanto, decidiu dar uma nova oportunidade ao atacante. Não por achá-lo bonito, tenha certeza. Em primeiro lugar, contou pontos para a permanência de Jonas a dificuldade em contratar outro jogador de frente do nível de Alex Mineiro. Em segundo, a boa campanha de Jonas com a Portuguesa. Puxando pela memória, o Grêmio já viveu a situação de ver se firmar só na volta um jogador que havia emprestado sem saber como retornaria. Paulo César Tinga jogou no Japão e no Botafogo para voltar e estourar no clube de origem. Jonas pode dar resposta, mas a direção não deve desistir de trazer um atacante de ponta para a Libertadores.
= O argentino Guinazu deu uma entrevista ao jornal argentino Olé dizendo que é uma honra ser cogitado pelo Boca Juniors, acrescentando a frase "quem não gostaria de jogar no Boca ?". O torcedor colorado pode ficar de lado com a declaração, mas o jogador não agiu mal. Falando para um jornal de seu país, Guinazu apenas deixou em aberto a possibilidade de atuar no clube mais popular da Argentina. Como profissional correto que é, disse também que tem mais dois anos de contrato com o Inter e não acredita que a direção o libere. Ressaltou ser bem tratado no Beira-Rio e que está adaptado a Porto Alegre. Ou seja, fez um agrado à torcida do Boca e respeitou seu clube atual.
O torcedor tem todo direito de sonhar que seus ídolos torcem como ele para o clube do coração. Mas não pode fechar os olhos para a realidade, bem menos romântica; jogador de futebol não precisa torcer para o time em que joga. Tem é que dar o máximo de sua competência profissional para que o torcedor, este sim, fique feliz. Uma performance positiva vai repercutir para o profissional ganhar melhores salários no clube em que está ou numa transação. É assim que é, não tem nada errado. Existem exemplos de jogadores-torcedores. O mais clássico de todos, Maradona na Argentina. No Brasil, Zico e o Flamengo. De certa forma, Pelé e o Santos, time para o qual não torcia em criança - Pelé era Vasco.
A direção colorada certamente não liberará Guinazu, tampouco lhe dará aumento salarial, medida que já foi tomada na metade do ano passado. E o argentino, acredite, vai correr como sempre.
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