O cardápio de entrevistas dos personagens que disputam o Brasileirão varia pouco, quase nada. O tema, então, menos ainda. Paira no ar a permanente suspeição sobre a arbitragem, respira-se em tempo integral a teoria da conspiração. Há um rodízio dos reclamantes; o falastrão de hoje será o silencioso de amanhã e vice-versa.
Veja o caso do líder. O Grêmio recuperou a primeira posição e ninguém mais falou no que era assunto há duas semanas : a possibilidade de que houvesse uma conspiração para tirar o título do gaúcho e encomendá-lo ao paulista ou carioca. No entanto, o Grêmio foi beneficiado pela arbitragem contra o Santos. Houve um pênalti a favor dos santistas não marcado pelo juiz. Antes, o Grêmio havia sofrido grande prejuízo com pênalti não marcado sobre Soares na Arena contra o Atlético Paranaense aos 43 do segundo tempo em jogo que estava zero a zero.
A vez é do Santos e, de carona, o Palmeiras. Vanderlei Luxemburgo achou ruim a excelente atuação do gaúcho Leonardo Gaciba contra o Figueirense. O presidente do Fluminense, Roberto Horcades, atribui à arbitragem a péssima campanha que seu time realiza no Brasileirão. É cansativo. A estratégia de gritar na hora do prejuízo e calar quando beneficiado põe abaixo a credibilidade da queixa. Se alguém se dispõe a julgar a competência e o caráter do árbitro, que o faça na boa e na ruim. Caso contrário, desconsidero.
O que, aliás, deve ser feito pelos árbitros cuja honestidade é colocada em dúvida a cada rodada.
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