O Grêmio agiu com acerto ao trazer Souza como reforço para o grupo de jogadores em meio ao Brasileirão. Mais um jogador de qualidade para enfrentar uma longa campanha, planejamento bem feito pelos dirigentes. Em paralelo, o líder do campeonato começou a ter resultados inferiores àqueles que levaram o time gaúcho ao topo da tabela. Por raciocínio simples, alguém haveria de se autorizar creditar a Souza a queda de rendimento do Grêmio.
Souza atrapalha ?
A resposta é não. Seria impossível para a equipe gremista manter aquele nível altíssimo de produção e resultados do primeiro turno. Além dos acertos táticos e das boas atuações individuais, houve o feliz acaso de Celso Roth perder poucos jogadores por lesão ou suspensão. O time se repetia, ganhava e criava o círculo virtuoso de produtividade e objetivo alcançado. Porém, em algum momento viria um resultado ruim, uma atuação menos inspirada e lesões e suspensões ao mesmo tempo. Os adversários avançaram, formou-se naturalmente um mutirão "todos contra o líder" e as forças se equilibraram.
A grande questão é saber como o Grêmio reagirá à dificuldade. Souza, para voltar ao título desta coluna, foi escalado até de atacante. Não poderia dar certo, uma vez que esta escalação fere o conceito de futebol bem-sucedido que o Grêmio jogava até então. Isto é, três zagueiros, cinco no meio e dois atacantes. Souza pode ser um excelente ala pela direita. Se o sistema mudar para 4.4.2, pode ser meia ao lado de Tcheco. No formato atual, 3..5.2, o único jeito de vê-lo como titular no meio-campo seria na vaga do capitão Tcheco.
A campanha do Grêmio é muito superior à expectativa dos próprios gremistas no início do campeonato. Com o entrosamento conquistado ao longo da competição, o time pode manter a liderança ou, caso a perca, permanecer no G-4.
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