Cena do filme Ensaio Sobre a CegueiraFoto: Divulgação |
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O Brasil estará muito bem representado no Festival de Cannes deste ano. Além dos filmes nacionais Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas, e A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness), de Fernando Meirelles, também foi incluído, de última hora, na 61ª edição do festival. O filme de Meirelles também abrirá a competição, que ocorrerá de 14 a 26 de maio.
"Me sinto tão feliz quanto nervoso com esse espaço que nos foi dado. Sei que 'Ensaio sobre a cegueira' não é o filme mais adequado para anteceder um coquetel e uma festa e sei também que algumas pessoas se sentirão incomodadas com a história, apesar de não haver nada que seja apelativo ou de mau gosto no filme. De qualquer maneira, já estou preparando o espírito para uma possível artilharia", afirmou o diretor, de acordo com portal G1.
Baseado no livro homônimo de José Saramago, Ensaio é uma co-produção entre Brasil, Canadá e Japão e foi rodado em diversas partes do mundo, inclusive São Paulo. A história mostra uma epidemia de cegueira repentina e sem motivos, aparente incurável, que se espalha por diversas cidades. A única pessoa que não é atingida é a esposa de um médico, interpretada por Julianne Moore. Também estão no elenco alguns dos maiores nomes do cinema atual, como Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover e Gael García Bernal.
Veja o trailer de Ensaio Sobre a Cegueira:
Já Linha de Passe, que também concorre à Palma, vem causando polêmica desde muito antes do lançamento. Em 2007, Walter Salles precessou o autor da novela Cobras & Lagartos, João Emmanuel Carneiro, por um possível plágio no roteiro do filme. Segundo o diretor, Carneiro teria criado para a novela da Globo a história de um motoboy que se apaixona por uma flautista, premissa muito parecida com a do roteiro inicial do filme, em que o motoboy se apaixonava por uma violoncelista. Para quem não lembra, Carneiro é o roteirista de dois filmes dirigidos por Salles, sendo um deles o premiado Central do Brasil.
Com a bomba nas mãos e sem querer perder tempos com trâmites judiciais, a solução encontrada foi reecrever o roteiro do filme, que agora conta a trajetória de quatro irmãos de família pobre que lutam para alcançar seus sonhos, num retorno do diretor à temática tipicamente brasileira. Optando por um elenco quase todo desconhecido, os destaques são os atores Vinícius de Oliveira (o menino Josué, protagonista de Central do Brasil) e Gael García Bernal (sim, de novo!).
Na mostra paralela Um certo Olhar, fora de competição, aparece o primeiro trabalho na direção do ator Matheus Machtergaele, A Festa da Menina Morta, que retrata a vida da população ribeirinha do Amazonas. Daniel de Oliveira, Cássia Kiss e Dira Paes, entre outros, formam o elenco do filme.
O ator norte-americano Sean Penn será o presidente do juri do Festival de Cannes neste ano. O cineasta mexicano Alfonso Cuarón, a atriz Natalie Portman, o ator, diretor e roteirista italiano Sergio Castellitto, o cineasta francês Rachid Bouchareb, a atriz alemã Alexandra Maria Lara e o diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul completam o juri.
Confira lista dos concorrentes deste ano:
Blindness, de Fernando Meirelles (sessão de abertura)
Entre les murs, de Laurent Cantet
Two lovers, de James Gray
Üç Maymun, de Nuri Bilge Ceylan
Le silence de Lorna, de Jean-Pierre e Luc Dardenne
Un conte de Noël, de Arnaud Desplechin
Changeling, de Clint Eastwood
Adoration, de Atom Egoyan
Waltz with Bashir, de Ari Folman
La frontière de l'aube, de Philippe Garrel
Gomorra, de Matteo Garrone
24 City, de Jia Zhangke
Synecdoche, New York, de Charlie Kaufman
My Magic, de Eric Khoo
La mujer sin cabeza, de Lucrecia Martel
Serbis, de Brillante Mendoza
Delta, de Kornel Mundruczo
Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas
Che, de Steven Soderbergh
Il Divo, de Paolo Sorrentino
Leonera, de Pablo Trapero
The Palermo shooting, de Wim Wenders
Veja os filmes que serão exibidos na categoria hours-concours:
What just happened, de Barry Levinson (sessão de encerramento)
Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen
The Good, the bad, the weird, de Ji-Woon Kim
Kung Fu Panda, de Mark Osborne e John Stevenson
Indiana Jones and the kingdom of the crystal skull, de Steven Spielberg
Três Vezes Amor é uma comédia romântica que traz em seu elenco a atriz-revelação Abigail Breslin, que foi indicada ao Oscar por Pequena Miss Sunshine.Foto: Divulgação |
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A semana cortada pelo feriado parece ter afetado o cinema. Apenas quatro filmes estréiam na Capital, sendo que Três Vezes Amor, comédia romântica estrelada por Ryan Reynolds (Horror em Amityville) e Abigail Breslin (a menininha fofa de Pequena Miss Sunshine), é o único totalmente inédito. O longa traz a bonita de história de uma pai que tenta ensinar à filha que nem sempre na vida existe apenas um grande amor. Questionado sobre como conheceu a mãe da garota, ele conta a história de três mulheres por quem foi apaixonado, sem revelar qual delas é a mãe da menina, deixando para que a própria deduza sozinha. Três Vezes traz também a participação de Rachel Weisz, vencedora do oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por O Jardineiro Fiel. O outro destaque é o drama nacional O Signo da Cidade, dirigido por Carlos Alberto Ricelli, que já teve algumas sessões de pré-estréia. O filme, cujo roteiro é assinado por Bruna Lombardi – que também é a protagonista – segue o modelo de histórias curtas que se cruzam (como o recente Crash - No Limite). O palco para as mazelas pessoais mostradas é a cidade de São Paulo, filmada quase exclusivamente em sua faceta noturna.
Também estréia A Era da Inocência, último filme da trilogia do canadense Denys Arcand, que faz um retrato das dificuldades de se viver no mundo contemporâneo. Já O Romance do Vaqueiro Voador é mais um exemplar da recente e bem-sucedida safra nacional de documentários. A trama gira em torno da recriação do universo mítico dos nordestinos que ajudaram na construção de Brasília, mostrando as tragédias que aconteceram em decorrência do grande acontecimento.
As pré-estréias (nos cinemas a partir de quarta-feira, em virtude do feriado), em compensação, parecem empolgar mais. O blockbuster Homem de Ferro, mais uma história baseada nos quadrinhos da Marvel, chega com um elenco de peso, trazendo nomes como Robert Downey Jr., Terrence Howard, Gwyneth Paltrow e Samuel L. Jackson. Promete ser o grande lançamento do gênero super-heróis do ano – pelo menos até a chegada de Batman - O Cavaleiro das Trevas, que acontece só em julho. Para os que preferem um cinema menos pipoca, a opção é o novo drama de Woody Allen, O Sonho de Cassandra, que traz Colin Farrell e Ewan McGregor como dois irmãos pobres que decidem pedir ajuda financeira ao tio Howard (Tom Wilkinson). Ele aceita ajudar, mas exige em troca algo que muda a vida de todos.
Há também o drama Ensinando a Viver, que mostra a curiosa história de um viúvo que decide adotar uma criança. Seria tudo normal se a criança em questão não fosse o garoto Willia, que jura ser um marciano que está na Terra apenas para cumprir uma missão. John Cusack é o grande nome do filme. Os brasileiros O Engenho de Zé Lins e Fim da Linha e os já conhecidos O Sol e Todos Contra Zucker completam a lista de prés da semana, mas estes em cartaz já na sexta.
O hagah comemorou aniversário com pré-estréia de Os Reis da RuaFoto: Divulgação |
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Amanhã, dia 19 de abril, o hagah completará dois anos. Apressadinhos como somos, antecipamos a festança com uma pré-estréia, ontem à noite, do filme Os Reis da Rua, no Cinesystem. Estiveram presentes na sessão pessoas que contribuíram para a trajetória de sucesso do portal. Entre elas: internautas com participação ativa, vencedores da promoção de aniversário, jornalistas, publicitários e funcionários.
A função toda começou com uma pausa para fotos que foram entregues ao final do evento para cada retratado. Sim, havia uma impressora no local. Uma apresentação de hip hop do grupo Laboratório da Dança serviu como ambientação pra o que estava por vir, já que o longa Os Reis da Rua se passa nas ruelas de Los Angeles, berço do estilo musical.
Protagonizado por Keanu Reeves e com um elenco que conta com Hugh Laurie - o Dr. House da TV - e Forest Whitaker - de O Último Rei da Escócia - Os Reis da Rua entrou em cartaz hoje em três salas da Capital: Cinemark 5, Cinesystem 5 e Unibanco Arteplex 6. Na trama, Reeves vive detetive que é acusado de matar um colega. Mas a história não pára por aí, ela segue por diversos caminhos que fazem o público refletir, além de em certos momentos até rir em meio a uma matança "necessária".
O filme tem semelhanças com o brasileiro Tropa de Elite. Keanu Reeves não reencarna o Capitão Nascimento, mas o longa aborda o universo dos policiais que - protegidos por seu status de máxima autoridade - tornam-se tão ou mais criminosos do que os bandidos.
Veja alguns momentos da pré-estréia de Os Reis da Rua
E o Bope pegou o Brasil...Foto: David Prichard, Divulgação |
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A cerimônia de entrega do Grande Prêmio VIVO de Cinema não teve nenhuma grande surpresa. Os vencedores das categorias principais foram os sucessos do cinema brasileiro nos últimos tempos: Tropa de Elite arrebanhou oito troféus (contando com o do júri popular, conquistado, em parte, graças à pirataria) e O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, três, entre eles a de Melhor Filme. Na categoria Documentário, quem levou foi a história do mordomo Santiago, um filme metalingüístico e reflexivo. A qualidade dos concorrentes comprovou mais uma vez que cinema brasileiro não é sinônimo de produção barata e amadora.
E falando em premiação, o Oscar 2009 já tem data: 22 de fevereiro (sim, o domingo de Carnaval!), no teatro Kodak, de Los Angeles.
Os premiados são:
Melhor Longa-Metragem De Ficção
O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias, de Cao Hamburger. Produção: Caio Gullane e Fabiano Gullane por Gullane Filmes e Cao Hamburger por Caos Produções
Melhor Longa-Metragem Documentário
Santiago de João Moreira Salles. Produção: Roberto Bruno por VideoFilmes
Melhor Direção
José Padilha por Tropa de Elite
Melhor Atriz
Hermila Guedes como Hermila / Suely por O Céu de Suely
Melhor Ator
Wagner Moura como Capitão Nascimento por Tropa de Elite
Melhor Figurino
Kika Lopes por Zuzu Angel
Melhor Atriz Coadjuvante
Silvia Lourenço como viciada por O Cheiro do Ralo
Melhor Ator Coadjuvante
Milhem Cortaz como Capitão Fábio por Tropa de Elite
Melhor Direção De Fotografia
Lula Carvalho por Tropa de Elite
Melhor Direção De Arte
Cassio Amarante por O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias
Melhor Roteiro Adaptado
Claudio Galperin, Cao Hamburger, Bráulio Mantovani E Anna Muylaert por O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias
Melhor Maquiagem
Martin Macias Trujillo por Tropa de Elite
Melhor Roteiro Original
Heitor Dhalia E Marçal Aquino por O Cheiro do Ralo. Adaptação do livro " O Cheiro do Ralo" de Lourenço Mutarelli
Melhor Montagem Ficção
Daniel Rezende por Tropa de Elite
Melhor Som
Leandro Lima, Alessandro Laroca E Armando Torres Jr. por Tropa de Elite
Melhor Montagem Documentário
Eduardo Escorel E Livia Serpa por Santiago
Melhor Efeito Especial
Phil Neilson E Bruno Van Zeebroeck por Tropa de Elite
Melhor Trilha Sonora
Cartola Música Para Os Olhos
Melhor Longa-Metragem Estrangeiro
A Vida Dos Outros, A (Das Leben Der Anderen, ficção, Alemanha) dirigido por Florian Henckel Von Donnersmarck. Distribuição: Europa Filmes / MA Marcondes
Melhor Longa-Metragem Animação
Wood & Stock - Sexo, Orégano E Rock’n’rollde Otto Guerra. Produção Otto Guerra por Otto Desenhos Animados
Melhor Curta-Metragem Ficção
Beijo De Sal de Fellipe Barbosa
Melhor Curta-Metragem Documentário
Beijo De Sal de Luelane Corrêa
Melhor Curta-Metragem Animação
Vida Maria de Márcio Ramos
Melhor Filme De Celular
But
Prêmio Especial De Preservação
CPCB - Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro
Voto Popular
Melhor Longa-metragem Estrangeiro
Pequena Miss Sunshine
Melhor Longa-metragem Nacional
Tropa de Elite
Personalidade Do Cinema Brasileiro
Renato Aragão
Maria Augusta Ramos é diretora e roteirista do documentário JuízoFoto: Rogério Reis, divulgação |
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Brasiliense de sotaque carioca, musicista que gosta de silêncio, brasileira cidadã do mundo. Maria Augusta Ramos é uma mulher-paradoxo, até na hora de filmar. Prova disso é o seu mais novo longa, Juízo, documentário que se utiliza da ficção para chocar o espectador. A respeito do filme, que mostra adolescentes infratores frente a frente com agentes do judiciário, resume: “Eles (julgados e julgadores) falam a mesma língua, mas não se entendem. É um mundo partido ao meio”.
Nascida em 1964, Maria Augusta é formada em Música pela Universidade de Brasília (UNB). Depois da graduação, foi para a Europa em busca de especialização, passando, inicialmente, por Londres e Paris. Em 1990, mudou-se para a Holanda, onde estudou direção e edição de cinema. Apesar de já ter dez filmes no currículo, tornou-se mais conhecida apenas em 2004, com o documentário Justiça, primeiro da trilogia que aborda o sistema judiciário brasileiro, que recebeu nove prêmios internacionais. Juízo é o segundo da série.
Sobre o assunto que enfoca em seus projetos, Maria Augusta reconhece que pouco entendia do tema até começar a pré-produção. “Eu tinha uma visão daqueles tribunais americanos. Mas fui fazer a pesquisa e me encantei com o teatro que são os rituais da justiça”, explica. “Faço um cinema de observação. Estou interessada em como as pessoas se relacionam”. Daí a prerrogativa para a opção de utilizar a câmera estática e distante nas filmagens, em detrimento da “câmera na mão” preferida pelos documentaristas em geral. “Esse distanciamento gera uma reflexão. Convido o espectador a concluir por si só.”
Dentre os tantos comentários gerados por Juízo, há a grande polêmica em torno do comportamento da juíza Luciana Fiala, que trata os adolescentes com pulso forte, exageradamente, segundo alguns. Mas a diretora não reprova Luciana, considerando que apenas a atitude de se deixar filmar é um grande ato de coragem."Todos eles tiveram grande coragem, porque o que vemos ali é a justiça se colocando em juízo.”, defende. “Existe a consciência de que a situação está incontrolável, há uma sensação de impotência. A juíza também é uma aprisionada.”
Outra questão que movimenta as discussões sobre o filme é a substituição dos garotos reais registrados nas audiências por outros meninos, não-infratores (e não-atores), mas com a mesma realidade dos verdadeiros julgados. A cineasta foi buscar em favelas cariocas, uma delas a famosa Cidade de Deus, jovens para dar vida aos depoimentos. E foi um golpe de mestre. “Quem são esses adolescentes? Eles têm consciência da miséria, da falta de futuro, e por isso são apáticos. Isso é o Brasil”. E tem gente que não vê...
>>> Leia mais detalhes de Juízo
>>>> Veja o serviço completo do filme
Um Plano Brilhante é a grande estréia da semanaFoto: Divulgação |
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Os filmes europeus dominam as estréias e pré-estréias da semana. Dos 12 longas que chegam, oito são total ou parcialmente produzidos no Velho Mundo. Destaque para o retorno de Demi Moore às telas, Um Plano Brilhante, que se passa na Inglaterra de 1960 e traz a musa no papel de uma executiva que não consegue subir na vida por causa do machismo da época. Já o aguardado Partículas Elementares, baseado no best-seller homônimo de Michel Houellebecq, traz o ator Moritz Bleibtreu, que venceu o Urso de Prata de Berlim em 2006 pelo filme (sim, estréia aqui com dois anos de atraso). Para os esquecidos, Bleibtreu é conhecido por ter participado de Corra Lola, Corra, no qual fazia o par de Lola (Franka Potente).
O sueco A Vida Começa aos 40 mostra a história de duas solteironas de Estocolmo que se conhecem por acaso e acabam firmando uma divertida amizade, passando a freqüentar juntas a danceteria Heartbreak Hotel. Completam a lista de estréias o terror americano Imagens do Além, a comédia Maldita Sorte – que rendeu à Jessica Alba uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz – e o documentário nacional Juízo, que já destacamos anteriormente.
Entre as pré-estréias, Apenas Uma Vez, vencedor do Oscar de Melhor Canção Original, é a grande novidade. Co-produção de Irlanda e Estados Unidos, o filme conta a bonita história de amor de um imigrante tcheco que ganha as vidas tocando violão pelas ruas de Dublin e uma pianista que se encanta pelo trabalho dele.
Com uma proposta interessante encabeçada pelo diretor russo Aleksandr Sokurov, O Sol faz parte de uma tetralogia que retrata os tiranos do mundo contemporâneo. Moloch, de 1999, e Taurus, de 2001, faziam menção a Hitler e Lênin, respectivamente. Neste, ele mostra o Imperador Hiroshito, do Japão. A série será completada com um longa sobre Stálin.
Pela quarta semana em pré-estréia, o francês Irina Palm foi um dos destaques do Festival do Rio 2007. No drama, uma viúva de 50 anos vê-se obrigada a trabalhar em um clube privê para conseguir pagar o tratamento médico de seu neto. Outro drama que chega é Zona do Crime, abordando o recorrente assunto “desigualdade social”, desta vez na Cidade do México, onde grandes condomínios residenciais dividem espaço com as favelas. Para fechar a lista com leveza, tem a comédia alemã Todos Contra Zucker, história de um jornalista cheio de dívidas que precisa se passar por judeu ortodoxo para ganhar a herança deixada pela mãe.
>>> Confira a lista de estréias e pré-estréias
>>> Veja galeria de fotos dos filmes
'Juízo' traz o cotidiano do julgamento de adolescentes infratores.Foto: Divulgação |
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Um filme que tem gerado muita discussão entre imprensa e autoridades estréia nesta sexta-feira, dia 11, na Capital. Juízo, híbrido de documentário e ficção, assinado por Maria Augusta Ramos, é uma espécie de seqüência do premiado Justiça, lançado pela diretora em 2004. A diferença é que, no projeto anterior, Maria Augusta tratava de crimes cometidos por homens e mulheres adultos, responsáveis por seus atos. Agora, quem entra na roda são os menores infratores que freqüentam a II Vara da Justiça do Rio de Janeiro, julgados por crimes como roubo, tráfico e homicídio.
Veja o trailer:
Como a Lei proíbe que se identifique o rosto de menores de idade que cometem delitos, todas as cenas em que são mostrados adolescentes falando sobre seus crimes foram feitas por outros jovens, não-atores, recrutados pela produção do filme nas favelas cariocas. A intenção é mostrar adolescentes que sofrem as mesmas mazelas sociais que os verdadeiros acusados, e assim manter o tom documental do longa. Os outros personagens – juízes, promotores, familiares, etc. – são todos reais, filmados durantes as audiências.
Em meio ao atestado de falência do sistema que a obra representa, surge como protagonista a juíza Luciana Fiala, que interroga os jovens de maneira irônica (como no trecho do trailer acima), muito longe da complacência que estamos acostumados a ver em magistrados na mesma posição. Para o bem ou para o mal, e não cabem aqui julgamentos (a juíza é ela), Luciana mostra-se atuante e preocupada, embora diga palavras pouco amigáveis aos acusados.
A exemplo do documentário Jogo de Cena, do mestre Eduardo Coutinho, o mérito de Juízo, nas questões técnicas, é deixar o espectador na dúvida. O que é real, nisso tudo? Mesmo quando sabemos que o adolescente que fala não é o verdadeiro acusado, os olhos temerosos dele, que sabe o que é o dia-a-dia da miséria, pedem-nos socorro. Porque quando a fome aperta, juízo é a última coisa que vem na cabeça, e eles sabem disso.
>>> Confira os horários do filme no hagah
O guitarrista Keith Richards e o diretor Martin ScorseseFoto: Divulgação |
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A partir de amanhã, algumas salas de cinema da Capital passam a exibir dois grandes filmes para quem curte rock and roll: Não Estou Lá, de Todd Haynes, e The Rolling Stones - Shine a Light, de Martin Scorsese.
Há duas semanas em pré-estréia, no Unibanco Arteplex, finalmente a cinebiografia do Bob Dylan entra em cartaz. Não Estou Lá apresenta um pouco da história do controverso músico sob a ótica de seis personagens. Um deles, aliás, é interpretado por Heath Ledger, que foi encontrado morto em seu apartamento, em janeiro.
Já em The Rolling Stones - Shine a Light não existe espaço para a ficção. O documentário registra momentos do grupo inglês num show em Nova Iorque. Na platéia e no palco, um desfile de personagens reais como Jack White e até a Christina Aguilera. Dizem as más línguas que o filme foi uma forma de Martin Scorsese relaxar após filmar o violento Os Infiltrados, pelo qual ganhou o seu único Oscar de melhor diretor, e ganhar dinheiro, é claro.
Veja todas as novidades dos cinemas dessa semana
'Sex And The City – O Filme' estréia em junhoFoto: Divulgação |
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Demorou, mas agora é oficial: o tão aguardado longa da série Sex And The City estréia no Brasil no dia 6 de junho – uma semana após o debute nos Estados Unidos. Para a alegria das meninas e o desespero dos meninos, as novas aventuras das inseparáveis amigas-ex-solteironas-quase-bem-resolvidas Carrie (Sarah Jessica Parker), Samantha (Kim Cattrall), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) chegam após quatro anos de negociações e muita paciência dos produtores.
Inicialmente, o maior problema para a realização do filme era a atriz Kim Cattrall, que queria ganhar um cachê parecido com o da protagonista Sarah Jessica Parker (merecidamente, convenhamos, pois a mulher era a graça da série). Kim também exigia que sua personagem tivesse maior participação na trama (coisa que é bem aceitável também, porque concentrar tudo na chatinha da Carrie não seguraria o filme). Ela não levou tudo, mas conseguiu mais destaque no roteiro e um cachê de US$ 6 milhões. Para se ter uma idéia, Sarah, que, além de atuar, é produtora executiva do longa, faturou US$ 15 milhões; já Cynthia Nixon e Kristin Davis se contentaram com US$ 2 milhões, cada uma.
Com os problemas resolvidos, o diretor e roteirista Michael Patrick King colocou as mãos na massa para levar às telas um roteiro que, pelo menos pelas protagonistas, vem sendo bastante elogiado. “O que eu posso dizer sem falar da história é que as pessoas que viram ficaram surpresas com a seriedade. Há alguma coisa no filme que faz cada um se dar conta de suas decepções”, contou Sarah Jéssica Parker. “É uma história muito inteligente e Michael Patrick escreveu um belo roteiro”.
Assista ao trailer oficial:
Tudo indica que a história do filme comece com o casamento de Carrie com o grande amor de sua vida, Mr. Big (Chris Noth). Pelo pouco que se percebe no trailer, a ex-solteira está exaltadíssima para fazer uma “big party” (sim, usando o trocadilho), mas o noivo não concorda muito com a idéia. Enquanto isso, Charlotte finalmente consegue engravidar e Miranda descobre que foi traída pelo marido Steve (David Eigenberg). Já Samantha, como sempre, dedica-se a buscar homens bonitos e bons de cama. Não entendeu nada? Achou tudo idiota? Assista a série, que depois a gente conversa.
Heath Ledger é o grande nome de Batman – O Cavaleiro das TrevasFoto: Divulgação |
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Depois de certa resistência e até da suspensão temporária da campanha publicitária que já estava no ar, os produtores decidiram: o foco do novo Batman vai mesmo ser no vilão Coringa, interpretado por Heath Ledger. A possibilidade de mudança chegou a ser levantada logo após a morte do ator, ocorrida em janeiro devido a uma overdose de medicamentos.
Faltando menos quatro meses para a estréia mundial de Batman – O Cavaleiro das Trevas (marcada para 18 de julho), a Warner Bros já divulgou fotos e as primeiras imagens da produção. "Eu acredito que o que não te mata simplesmente te faz mais estranho", diz Coringa em determinada cena, após um assalto a banco.
A despeito da comoção causada pela morte de Ledger, os comentários que vêm de Hollywood dão conta de que o australiano aparece na melhor atuação de sua carreira – marcada por personagens fortes em filmes como Candy e O Segredo de Brokeback Mountain. "Ele estava impressionado com a própria performance", afirmou o produtor Charles Roven, que mostrou cenas do longa a Ledger pouco antes da morte do ator. "Ele disse: 'Posso ver de novo?'. Então ele estava realmente extasiado."
Veja o trailer de Batman – O Cavaleiro das Trevas:
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