Foto: ric_w, flickr |
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Quando volto de viagem, gosto de contar novidades e mostrar fotos para amigos e familiares. Normal, né? Há algum tempo descobri que é muito legal fazer isso antes ou depois de um jantar típico do lugar visitado. Não que eu seja grande cozinheira (longe disso!), mas vez que outra me puxo para preparar algo gostoso. E cozinhar um prato que aprendemos a gostar em viagem é uma maneira de relembrar sensações do país ou da região visitada e dividir esse gostinho também com quem encontramos na volta.
No retorno da Grécia, nem precisei pensar muito no cardápio a ser preparado: salada grega. São servidas várias receitas em Atenas e nas ilhas, com variações nos ingredientes e especialidades que mudam de região para região e valem a pena ser experimentadas. Mas estou falando da tradicional, aquela que dominou minha dieta nos 15 dias que passei lá:
- Pepino, tomate, pimentão, cebola, azeitonas, vinagre, muuito azeite de oliva e o maravilhoso queijo feta cortado em cubinhos por cima, bem fresquinho e se desmanchando. Sal, é claro, e ervinhas para temperar a gosto. Para acompanhar, o pão pitta, também molhadinho no azeite de oliva. Nham...
A salada normalmente é servida em prato individual e, para mim, já era uma refeição, leve e saborosa. Na janta de "bom retorno", fez sucesso. Tanto é que várias vezes recorro à receita quando preciso preparar algo rápido e fácil, mas com um toque, digamos, internacional.
Mais clássicos da cozinha grega
* Outro prato - que não chega a ser um prato - guardado com saudosismo na minha memória gustativa da Grécia é o gyros. Sabe o churrasquinho grego? Aquele em que a carne fica girando numa grelha vertical e é cortada em lascas. Na Grécia, chama-se gyros e é um popular fast food. Mas um fast-food com gosto quase caseiro. A carne bem temperada é servida em um cone de pão pitta, com salada e molhos muito gostosos. Assim como a salada, foi um hit da viagem. Desde então, já tentei sentir o mesmo gosto por aqui, mas nunca consegui. Ano passado, me empolguei na França e pedi um kebab em uma das muitas lanchonetes turcas de Paris, achando que iria finalmente repetir a experiência gastronômica. Tava bom, mas não como os gyros da Grécia.
* Também não dá para sair do país sem provar a Moussaka. É um tipo de torta em camadas coberta por queijo, cuja sustentação é dada por berinjelas fritas, com recheio de batata, carne picada e um molho branco. Essa mistura toda tem um gosto todo especial grego, que nunca me arrisquei a reproduzir - está um pouco além das minhas capacidades culinárias. Fico com a salada, mais fácil.
Foto: Tatiana Klix |
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Meu irmão está planejando uma viagem no próximo ano para a Europa. Estes dias, me perguntou sobre a Grécia, um dos locais que pensa visitar. É covardia, porque a Grécia é um dos meus destinos preferidos, ever! Para relembrar minha estada lá em 2001, fui dar uma olhada no álbum de fotos (os retratos ainda são da época do filme) e fiquei babando, de novo. Logo, pensei, vai sair um post.
Na Grécia, visitei Atenas e três ilhas. E tudo vale muito, mas vou ficar com Santorini, para começar. Santorini é daqueles lugares para dizer em bom gauchês: Bah. Sim, aqueles que a gente pára e não acredita. Tenho alguns destes na minha memória, que necessariamente não atraem pela importância histórica, badalação, estrutura, por museus, enfim. Tudo isso também é muito bacana. Mas tem certos locais que me causam uma excitação forte, por serem inacreditavelmente lindos. Nem sempre a natureza segura tais cenários esplendorosos sozinha, mas ela é sempre parte importante. E com a ajuda de outros elementos, como arquitetura, costumes, pessoas, a mágica acontece e "Bah, sem explicação".
Santorini foi assim para mim e certamente não sairá nunca desta seleta lista. A ilha, uma das mais famosas entre as gregas, é de origem vulcânica. Antes de 1450 AC, era redonda, mas graças a uma erupção naquele longínquo ano, tem a forma de uma lua crescente, uma das características que a tornam especial. Outro ponto que me atrai é sua altura. Não pense em uma ilha rasinha, no nível do mar. Na verdade, é formada por enormes penhascos muito altos e vulcânicos. Aí, vem um elemento não natural que lhe cai muito bem: a vila de casas brancas e algumas em tons pastéis quase penduradas lá em cima, intercaladas por domos ortodoxos. Para completar a mágica é só sentar em um restaurante em Oía (no norte da ilha), à beira do abismo, e observar o pôr-do-sol mais lindo do mundo (o do Guaíba que me perdoe), em que a luminosidade desaparece atrás da cratera.
Como chegar a Santorini
De barco: De Atenas, no porto Pireu, grandes ferryboats (com capacidade para mais de 500 pessoas) demoram cerca de 10 horas até alcançar Santorini. Uma boa opção é ir parando e conhecendo outras ilhas pelo caminho antes de chegar lá. Há barcos mais rápidos (e que balançam mais), que fazem o trajeto em cinco horas.
De avião: Vôos de Atenas levam apenas 40 minutos até Santorini. A viagem deve ser muito mais confortável, mas perde-se a maravilhosa visão da chegada triunfal de barco, na entrada do vulcão (se bem que agora me ocorreu que a vista de cima do avião também deve ser legal).
Como subir do cais até Fira (capital da ilha)
Onze quilômetros - ou 600 degraus - separam o local onde os barcos atracam e o centro da ilha. Para subir tudo isso, existem táxis e ônibus à espera de turistas. Outra opção mais pitoresca é o transporte em mulas. Com malas, prefira os veículos motorizados, vai por mim. Experimentei o lombo dos bichos em Néa Kaméni, uma ilha vizinha e menor. Confesso que foi bem divertido e rendeu boas fotos.
Outras ilhas
Palaia Kaméni e Néa Kaméni são ilhas menores, próximas e no centro da cratera, que podem ser visitadas em passeios de barco de um dia. A principal atração na primeira é uma parada na fonte para um banho de lama quente (que não testei porque fui em abril, e o tempo não estava quente para banhos). Em Néa se chega perto do cone e da cratera vulcânica (foto).
A praia é vermelha
A formação vulcânica faz a areia branca e fina passar longe das praias de Santorini. As do norte da ilha são com pedras e areia escura. No sul, fica a mais badalada, a Vermelha, de areia... vermelha e cercada por uma falésia da mesma cor.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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