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Para provar que tinha mesmo usado as dicas do ida&volta em Paris, o Felipe (do post ali embaixo) não me mandou apenas relatos. Ele tirou uma foto, na frente do L´as du Fallafel, com a prova do crime! O estúdio em que ficou hospedado era bem pertinho do restaurante no Marais, sobre o qual eu tinha postado aqui. Mas quando fui lá, não fotografei o delicioso falafel. Agora, sim, temos a informação completa.
Brigada, Felipe!
A casa do Felipe em Paris por nove dias. Nada mal, hein?Foto: Divulgação, Rent a Flat Paris |
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O Felipe Rosa, colega do diario.com, voltou há duas semanas de Paris, encantado, é claro. Fiquei toda orgulhosa, porque ele pegou várias diquinhas do ida&volta e disse que elas foram bem úteis. Mas o melhor mesmo é que ele trouxe outras na bagagem, para compartilhar por aqui. A começar, pela hospedagem. Ele ficou num estúdio, no Marais. Delícia! E muito tranqüilo, de acordo com a descrição que o Felipe me mandou por e-mail e que eu tomei a liberdade de reproduzir abaixo:
"Aliás, sobre o estúdio que alugamos no Marais, preciso te dizer que foi uma das coisas mais acertadas da viagem. Quando começamos a pensar em nossa ida a Paris, logo procuramos as opções de hospedagem na internet.
Os hotéis, no nosso entendimento, ofereciam pouco ou nenhum conforto (em relação ao padrão brasileiro) por um preço salgado. Já os albergues, tinham um custo razoável, porém não atendiam alguns dos nossos requisitos. Para explicar: não estávamos afim de dividir quarto e banheiro com estranhos. Nada contra, mas é que era pra ser uma espécie de lua de mel depois de anos de casados, entende?
Achamos sites que oferecem o aluguel de estúdios (quitinetes ou o tal quartinho de empregada) a preços competitivos – entre eles o Homelidays, o qual eu recomendo.
Em poucos dias estávamos trocando e-mais com Frederic Radet, proprietário de cinco apartamentos na região central de Paris. Ele nos passou o site próprio em que apresenta os estúdios e iniciamos as tratativas do negócio.
Com essa gentileza, evitamos ter de pagar a taxa de 100 euros que as imobiliárias cobram, em média, pelo agenciamento. Paguei 424 euros por nove diárias – praticamente o preço que pagaria em um albergue – para ficar num estúdio com quarto, banheiro e cozinha, cama de casal, tv a cabo, telefone gratuito para diversos países (o Brasil não está na lista) e internet banda larga. Ah, luz, água e limpeza também estavam incluídos no valor.
Ficamos num apartamento do número 11 da rue Ferdinand Duval, no Marais. Tanto o Frederic, quanto o zelador do prédio e os moradores são acolhedores e acostumados ao trânsito de turistas no local. Eles sempre estão disponíveis. Um único porém do estúdio é que ele fica no sexto andar. Depois de um dia inteiro de caminhada (ou em pé, dentro de museus) não é tão legal ter de subir tantos degraus.
Mas enfim, o aluguel de estúdios é uma dica e tanto para quem pretende ir a Paris. Entre os brasileiros que conhecemos na viagem, todos reconheceram ser uma opção bem mais interessante ($$$$) em relação aos hotéis e albergues e revelaram que se soubessem da possibilidade, teriam optado pelas quitinetes.
O Frederic Radet é um jovem francês, que vive do trabalho como representante comercial e dos aluguéis. Conversamos pouco, mas ele me pareceu alguém confiável e realmente cumpriu o que havíamos acertado. No site, é possível ler depoimentos deixados por pessoas que ficaram hospedadas nos apartamentos dele. O e-mail para contato é o oistrike@wanadoo.fr".
Barbadíssima, né? Me deu uma vontade de passar uma semaninha no Marais.
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Sobre este mesmo assunto, já tinha escrito um post em novembro do ano passado, com dicas de sites que fazem o mesmo que o Homelidays. Se alguém realmente vai passar uma temporada em Paris, vale a visita.
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E falando em Paris, e no Marais, é lá que a escritora gaúcha Carol Bensimon está morando, também num estúdio. Para nossa sorte, ela agora tem um blog aqui no clicRBS. Não deixem de clicar: Paris 75004
Na Pont es Arts, parisientes e turistas se reúnem para admirar o pôr-do-solFoto: Tatiana Klix |
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Enquanto a chuva custa a parar lá fora, o post de hoje é sobre pôr-do-sol - quando será que ele vai aparecer para se pôr novamente em Porto Alegre? A inspiração agora é da colega Anelise, que publicou semana passada no blog Coisas da Ane (clica aí que vale a pena!) fotos de oito pores-do-sol e fez relatos sobre eles. Lembrei imediatamente do meu preferido, em Santorini, na Grécia, do qual já escrevi aqui, e do que tive oportunidade de saborear em Paris, no ano passado.
Me deparei com o sol se pondo no Sena meio por acaso, sem planejar. Após uma tarde em um museu na companhia da Paola, caminhava perto do rio quando o céu de cor alaranjada e uma ponte cheia de gente foram me atraindo. Era a Pont es Arts, só para pedestres, que liga o Institut de France ao museu do Louvre. Nela, grupos de parisienses e turistas se reúnem, sentam, bebem, comem para admirar o espetáculo natural que embeleza ainda mais a cidade cheia de atrativos arquitetônicos. É um astral tri gostoso e uma vista muito, muito linda. Se foi bom ter tido esta bela surpresa num fim de tarde, também estávamos desavisadas. Perdemos de fazer o piquenique com queijos e vinhos franceses, bem local.
Pois, fica a sugestão para quem for para lá. Só não vale ser no inverno.
L´as du Fallafel, na Rue de Rosiers, é disputado aos domingosFoto: rekha6, flickr |
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O Felipe Rosa, colega do diariocatarinense.com.br e leitor deste blog vez que outra, vai passar uma temporada em Paris em novembro, se não me engano. Esses dias, estávamos conversando pelo msn - o Felipe me contava os planos de viagem e eu arriscava umas dicas -, quando lembrei do falafel que comi no Marais, o bairro em que ele vai ficar hospedado num lindo estúdio, segundo as fotos do site pelo qual reservou a hospedagem. Não lembrava de cabeça o nome do restaurante e o endereço na hora e fiquei de passar para ele mais adiante. Para cumprir a promessa, procurei hoje a indicação nos meus alfarrábios de viagem (adoro fazer anotações dos locais que visito) e imaginei que a dica pode ser útil também para outros viajantes, além do Felipe. Por isso, veio parar aqui no blog.
Explicando, falafel é um bolinho de grão de bico, servido dentro de um pão pita com homus (pasta de grão de bico), berinjela frita, repolho e outras saladinhas e um molho que não sei exatamente do que é. De-li-ci-o-so! Tô com água na boca só de lembrar do sabor.
O Marais é um bairro predominantemente judeu, muito charmoso, e tomado judeus ortodoxos que convivem com descolados harmoniosamente. Tem lojas de design e moda lindas, boulangeries, sinagogas (óbvio), livrarias e vários restaurantezinhos típicos que servem falafel e outros sabores de origem judia.
O falafel que indico é o do L´as du Fallafel, tradicionalíssimo e indicado também pelo The New York Times como o melhor do mundo. Como só comi lá, não posso confirmar a comparação, mas é bom demais. O restaurante fica na Rue de Rosiers, 32.
O passeio pela rua não vale apenas pela comida, mas pela atmosfera, pelas lojinhas e principalmente para observar as pessoas que lá transitam.
Como bom restaurante judeu, o L´as du Fallafel fecha no sábado, mas abre domingo. Aliás, é um belo passeio domingueiro. Ao contrário de vários lugares em Paris, onde tudo fecha, o bairro ferve. O passeio tradicional é pedir um falafel para levar (à emporter) da janelinha externa, que sai por 4 euros - ou seja, esta também é uma dica da categoria bom e barato - e sentar no meio fio da calçada para comer e observar o movimento.
Quando estive lá no ano passado, fui num dia de semana e sentei dentro do restaurante. O atendimento não é dos mais dóceis. Tudo acontece muito rápido, seco, cheio de regras, e os garçons começam a ficar impacientes se a gente não levanta imediatamente depois que termina de comer.
No Marais tem também muita cultura e história, como tem por toda Paris. No bairro ficam os museus Picasso e Carnavalet e a simétrica Place de Voges. É ali perto também o Pompidou. Ou seja, várias desculpas para comer falafel.
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De brinde, vão mais três diquinhas rápidas para aproveitar Paris que já passei pro Felipe:
- Para economizar e comer bem, vá ao supermercado. Queijo, patês, pão baguete e vinho nacional por cinco euros é o que há de bom.
- Para competir com o passeio de domingo no Marais, só mesmo o passeio de domingo em Montmatre, meu bairro preferido. Se tiver sol, então, imbatível. Tem uma feirinha com artistas locais, lojinhas de souvenires, é claro, e a bela vista dos telhados da praça em frente à igreja Sacré-coeur.
- O metrô de Paris é tudodebom e é muito fácil de se achar com ele. O cartãozinho de 10 viagens é a pedida.
Quer contribuir?
Lá num dos primeiros posts deste blog, escrevi sobre minha estada em Paris, em um "chambre de bonne", emprestado por uma amiga. A Fernanda Souza, colega de zerohora.com, se interessou e perguntou como se aluga um lugar desses. Ao pesquisar sobre o assunto para dar a dica prá Fer, descobri algumas opções diferentes, que compartilho aqui com vocês.
Não encontrei os bonnes para alugar, pelo menos não pela internet. Mas achei vários sites com ofertas de apartamentos por semana (um ótimo período para começar em Paris!). Fiz uma compilação de alguns deles para indicar aqui – todos eles referenciados por sites de credibilidade, como The New York Times, Times Online, ou por amigos que já usaram o serviço. Na maioria deles, há uma busca por bairro, período e tipo de apartamento (studio, um ou mais quartos, loft etc). Os apês são mobiliados (e pelas fotos, um amor), bem localizados, podem ser alugados por mais tempo e com preços que variam de 400 euros por semana até bem mais (4 mil euros). A única pequena dificuldade é que, para reservar, geralmente é preciso mandar o dinheiro para a França antecipadamente por banco ou por alguém que se disponha a fazer o pagamento/depósito.
Só para ter uma idéia, roubei a foto de um apartamento oferecido pelo site Paris Attitude no Quarter Latin, para duas pessoas, por 585 euros por semana ou 1200 por mês. O apê tem TV, telefone, cozinha, banheiro completo e uma vista linda. Bacana, né?
Quer ver mais? É só navegar:
A la carte Paris Apartments
www.alacarte-paris-apartments.com/
Appartemente de Ville
www.appartementdeville.com/
Bonappart Appartements
www.bonappart.com/index.htm
Guest Aparment
www.guestapartment.com/ (são apartamentos de luxo)
Lodgis.com
www.lodgis.com/en/paris/
Marie a tout Prix
www.marie-a-tout-prix.com/
Paris Address
www.parisaddress.com/
Paris Attitude
www.parisattitude.com/
Parisian Home
www.parisianhome.com/ (tem os menores preços, a partir de 300 euros)
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Lembram da passagem da Carrei (do Sex and the City) por Paris? E lembram que ela vai almoçar com a ex-mulher do então namorado dela, o Aleksandr Petrovsky (aquele interpretado pelo Mikhail Baryshnikov) num lugar lindo, com teto de vidro? É o maravilhoso Kong Bar Restaurante (o site, como o bar, é bacana. Vale o clique!) e fica na rue du Pont Neuf, 75001, bem pertinho do Sena, no quinto e sexto andares do prédio que abriga uma loja da Kenzo.
E sim! Eu estive lá!
Café, almoço, happy hour, janta e balada. No Kong, tem como aproveitar tudo isso. O ambiente com design do badaladíssimo arquiteto Philippe Stark inspirado em temas orientais fica aberto todos os dias das 10h30min até as 2h30min da madrugada seguinte. Eu escolhi conhecê-lo numa noite de sábado, para curtir uma festinha em Paris. E a festinha foi bem animada. No início da noite, era aquele clima de modernos e descolados quase indiferentes. Mas eles estavam bebendo caipirinha, muita caipirinha por 13 euros, e lá pelas tantas o restaurante (e as mesas, literalmente) virou pista de dança.
Para provar que não estou mentindo, o melhor registro fotográfico da noite é o balcão do bar. Olha só:
Enquanto isso, eu bebia o drink favorito da Carrei, Cosmopolitan (pelos mesmos 13 euros cada).
Vista no sexto andar
Ao chegar ao Kong, à noite, demorei um pouco a encontrar o teto de vidro que lembrava ter visto na cena no seriado. É que a festa tava rolando no quinto andar e, obviamente, o teto era no sexto (dã). Para admirar a vista para o Sena, a Rue Dauphine, a igreja Saint Sulpice, imagino que a luz do dia favoreça. Da próxima vez, pretendo experimentar.
Não tenho a menor condição de falar com propriedade sobre arte. Não conheço e nem me interesso o suficiente sobre o assunto para analisar coleções e dizer que exposição vale a pena conferir. No entanto, nos meus roteiros de viagem a cidades cosmopolitas, sempre estão visitas a museus. Alguns eu adoro, ou com eles aprendo muito, mas confesso que outros já me causaram estranhamento e pouco prazer. Definitivamente, este não é o caso do Centro Pompidou, em Paris.
O Museu Nacional de Arte Moderna – situado no prédio bacana (e um pouco maluco) cheio de canos de ar e água, escadas rolantes dentro de um tubo de vidro, vigas de aço e muitas cores – tem um acervo permanente muito agradável. Telas de Picasso, Matisse e Miró são algumas das obras que fazem parte das coleções que ficam no quarto e quinto andares, expostas em ordem cronológica. Já no primeiro e sexto andares, ficam as mostras temporárias de arte contemporânea. Vi as exposições "Airs de Paris" e "Samuel Becket". Bem, são mostras contemporâneas, com instalações, vídeos e outros recursos multimídia, mas não vou me arriscar a falar sobre elas. De novo, não tenho conhecimento para isso. Me limito a dizer que gostei, me senti bem na visita, e isso me parece um bom motivo para ter estado lá.
Mas não acaba por aí. No Poumpidou, não há apenas o que se olhar dentro do prédio. O entorno e a vista são muito legais (e os arquitetos Richard Rogers e Renzo Piano souberam explorar isso muito bem). Me emocionei e tirei várias fotos dos telhados parisienses, com a torre linda ao fundo:
Olhando para baixo, na praça ao lado, se reúne uma galera para assistir a artistas de rua e eu também fiz o registro:
E para completar, o restaurante Georges, também no sexto andar, é muuuito descolado. Tem uma área interna toda moderna, com a decoração cheia de formas arrendodadas de alumínio – na verdade, decoração, não, é o projeto arquitetônico de Dominique Jacob e Brendan McFarlane – e outra externa de onde de novo dá para ficar admirando a vista, só que sentado. O menu não é nada econômico (para ter uma idéia, os garçons do local usam ternos Armani!) e se a idéia não é gastar muito, é bom prestar atenção nos preços antes de pedir uma refeição. Se esse for o caso, para não perder a oportunidade de jogar conversa fora num lugar tão legal, sempre vale a pena pedir um drink e curtir o momento. Não vale?
Foto: Tatiana Klix |
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Uma vez em Paris, só sente-se em Paris quando se avista a Torre Eiffel. Ela não está lá quando a gente chega no aeroporto. Nem necessariamente no caminho para o hotel. Mas em algum momento logo no primeiro dia, ela aparece. E aí sim, sente-se em Paris. Pelo menos, comigo foi assim, há longos 12 anos, quando fui para lá pela primeira vez. Este ano, vi a minha amiga Paola Deodoro, com quem viajei em abril, repetir a mesma epifania. É aquele momento de parar tudo, se beliscar e dizer:
– Ei, eu estou aqui e a torre está na minha frente. Estou em Paris.
Vista de longe, é inevitável a vontade de ira até ela e, então, subir nela... Programa obrigatório, não dá para perder. Será?
Nesse espírito, já subi na bendita torre três vezes! Na primeira, porque era a primeira vez, na segunda, com amigos que estavam na primeira vez, e na terceira, em abril deste ano, pela primeira vez da Paola. Apesar de primavera, ainda estava bem friozinho por lá. Roupas levinhas na mala, mas a sensação térmica era quase de inverno (o gaúcho). E nós escolhemos para visitar a torre no dia maaais friozinho e ventoso. Para completar, era domingo!!! Ou seja, idéia nada original.
Estavam lá a torcida do Flamengo, milhares de turistas e moradores da cidade. Fila, muita fila. Fila para comprar o ingresso (que não é barado: 11,50 euros para subir até o topo de elevador), fila para entrar no elevador (mais de uma hora), fila para passar para o segundo elevador, frio o tempo todo. Enquanto isso, apenas um casaquinho de nada sobre o corpo. Quanto mais alto, mais frio. Por um momento, cheguei a ficar com inveja de uma muçulmana que estava toda coberta perto de mim em uma das tantas filas que enfrentamos.
Tudo isso para subir na torre pela terceira vez, chegar lá e lembrar que SIM, realmente não dá para perder. A vista é linda! No mirante no topo, mapas identificam os pontos que se vêem lá de cima e mais uma vez é hora de se beliscar e dizer:
– Ei, eu estou aqui, no topo da Torre Eiffel, e Paris tá toda na minha frente.
Vista recompensadora!! Foto: Tatiana Klix
Quanto custa para subir na Torre?
De elevador
Até o primeiro andar - 4.50 euros
Até o segundo andar - 7.80 euros
Até topo - 11.50 euros
De escada
Até o segundo andar (depois só é permitido subir de elevador) - 4 euros
(mas são 115 metros e 700 degraus...)
Rue Legendre, meu endereço em Paris por seis diasFoto: Paola Deodoro |
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Nada mal, hein? Começo a viagem deste blog por Paris, onde estive nas minhas últimas férias. Para se hospedar na capital parisiense, as opções são muitas, mas nem todas com preços amigáveis. Eu tive sorte, fiquei num quarto cedido pela amiga Nara Lisboa, uma talentosa cantora e compositora catarinense radicada na França. Nara mora em Puy Malsignat (no interior da França), mas adora passar temporadas em Paris (e quem não ia adorar?). Por isso, ela tem uma segunda casa lá, que aluga de uma também brasileira e amiga dela. Fica na Rue Legendre, 126, no romântico Arrondissement 17.
E foi esta casa parisiense que ela cedeu gentilmente a mim e a minha amiga Paola Deodoro (na verdade, para a Paola e para mim, já que eu conheci e fiquei amiga da Nara só lá) por uma pequena temporada de seis dias. Esta casa, na real, é um quarto, que fica no último andar do prédio onde a brasileira mora. E se chama "chambre de bonne", ou seja, o quarto da empregada. Sim! É uma peça bem pequeninha, com um banheiro bem pequeninho também, só com uma pia e um chuveiro. O lavabo fica no corredor. Eu, que não falo nada de francês (e não me orgulho disso), só fui descobrir o que era "chambre de bonne" ao chegar em Paris. Os parisienses normalmente não têm empregadas, mas em outros tempos isso já foi um hábito. Em muitos prédios construídos no século XIX e início do século XX, o último andar é reservado para estas pequenas alcovas, uma para cada apartamento dos andares nobres do edifício. Lá, dormiam os criados. Hoje, cada um dá um outro uso para o "chambre de bonne". Alguns transformam em quarto da bagunça, ou escritório, despensa, e muitos o alugam.
Para mim, foi de graça, mas para viajantes que não tiverem a mesma sorte, vale mesmo assim pensar nesta alternativa de hospedagem. Os preços, com certeza, são bem mais em conta que os de hotéis, e o lugar reserva bem mais privacidade que as acomodações em albergues, onde se precisa dividir o quarto com outras pessoas. Além disso, tem todo o charme de ficar num prédio onde moradores realmente moram e entrar neste prédio pela porta da frente com um código no porteiro eletrônico assim como eles, ainda que seja para ir ao andar dos "chambre de bonne". Só não dá para se importar com o banheiro no corredor. Por poucos dias, eu não me importei nenhum pouco.
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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