Na cool Barcelona, em algum dia de abril de 2007, protesto (ou encenação) em catalão no bairro góticoFoto: Tatiana Klix |
Esqueça Londres e Paris! Assim é o título de uma reportagem da revista alemã Spiegel que elenca as cidades mais cool da Europa. E quais são elas? Amsterdã, Barcelona, Dublin, Copenhagen, Tallinn (ahã, por essa ninguém esperava) e Hamburgo.
A matéria não é nova (de agosto de 2007), mas só cheguei nela agora, por indicação da Magda, minha professora de alemão. Fiquei curiosa para entender os critérios da escolha e acabei achando toda uma linha de pensamento (em alta nos Estados Unidos, onde surgiu, e na Europa) bem interessante. São estas cinco cidades com melhores condições de atrair integrantes das creative classes, chamadas assim por Richard Florida, no livro The Rise of Creative Class”. Os criativos inspiram e estimulam outros criativos. São designers, louquinhos por computador ou desenvolvedores de softwares, músicos, cientistas, engenheiros, poetas, jornalistas (!), atores que criam um ambiente propício ao surgimento de centros científicos, indústrias high-tech e tendências. A nova classe também tende a ser tolerante no que se refere a questões éticas, raciais e de estilos de vida diversos, elemento necessário para a criatividade. Segundo a mesma teoria, estas pessoas não procuram mais as grandes megalópoles e estamos vivendo a vez das second cities, cidades de tamanho médio (a partir de 500 mil habitantes, mas nunca com mais de 6 milhões) com menos problemas de infra-estrutura que impedem o desenvolvimento. Segundo o guru das “creative classes” Florida, o exemplo que comprova a tese é o que aconteceu no Vale do Silício na década de 80 – aliás, São Francisco é cool, Los Angeles, não. E se tudo isso realmente fizer sentido, é numa destas cinco cidades européias que pode surgir um novo Bill Gates ou Steve Jobs. Será?
***
A pesquisa que identificou as cinco cidades cool é da consultoria Roland Berger.
Para viajantes brasileiros, o dólar em baixa é animador. Para americanos, nem tanto. Parece mentira, mas turistas dos Estados Unidos estão mudando alguns hábitos e pensando bem antes de cair na estrada justamente por causa da cotação das verdinhas. Tenho acompanhado sites de turismo gringos nas últimas semanas e vários deles apresentam reportagens e sugestões para driblar o problema. Como dica para economizar sempre vem bem, achei interessante citar aqui as que encontrei no Budget Travel, na reportagem Stretching the Dollar in Europe. Nada de muito novo, mas é sempre bom lembrar alguns macetes para gastar menos. Abaixo, em livre tradução, um resuminho delas:
1 - Procure ofertas de passagens aéreas nas companhias low-fare.
Sites: www.easyjet.com, vueling.com, skyeurope.com
2 - Compre passagens de trem com antecedência. Viagens ferroviárias podem ser mais caras que as de avião, mas reservando pela web pelo menos três dias antes há descontos.
Sites: bahn.de, voyages-sncf.com
3 - Mergulhe em sites de turismo. Além de descrições dos lugares, eles também trazem algumas barbadas.
Site: visitlondon.com, para ofertas de hotéis e programações culturais
4 - Elimine uma noite de hotel dormindo em trânsito. Isso funciona se você topar viajar com conforto apenas moderado.
Sites: www.dfds.com/dfdsgroup/en, para viagem de navio de Copenhagen para Oslo por $139, e bahn.de, para trem noturno de Praga para Colonia por $72
5 - Avalie os passes das cidades. Muitos escritórios de turismo, como os de Lisboa, Zurique, Budapeste e Estocolmo, vendem cartões que cobrem custos com transporte público, museus e ainda oferecem descontos em outras atrações. Para saber se vale a pena, é preciso fazer as contas.
Site: europeancitycards.com
6 - Não compre tickets individuais para o metrô. Cartões de múltiplas viagens quase sempre têm melhor custo que os de um trajeto só. Mas tudo depende, claro, de quantos deslocamentos você pretende fazer.
7 - Ande de bicicleta. Em Paris, cerca de 20 mil bikes estão disponíveis para aluguel em centenas de pontos. Um cartão Vélib' custa US$ 1,50 por dia ou US$ 7 por semana. Bruchelas e Viena têm serviços parecidos.
Site: rouelibre.fr
8 - Troque o trem pelo ônibus. Mesmo menos glamurosas, as viagens de ônibus podem ser mais baratas. Empresas como Busabout e Eurolines oferecem passes de múltiplas viagens com preços que concorrem bem com o Eurail Pass.
Sites: busabout.com, eurolines.com
9 - Evite viajar de carro. Os preços do aluguel são altos, como são os da gasolina. Se precisar mesmo, para passear na Toscana, por exemplo, procure companhias européias como EasyCar, Alimex e Sixti.
Sites: easycar.com, alimex.eu, sixti.com
10 - Ache programações grátis. Pela internet, antes de viajar, é possível encontrar várias atividades gratuitas, como concertos, entradas para museus e outros eventos culturais.
Sites: visitoslo.com, eurocheapo.com
Mais detalhes estão lá na reportagem da Budget Travel.
E você, tem outras dicas para acrescentar? Aumente a lista ali nos comentários!
O dólar chegou ontem à menor cotação desde 1999: R$ 1,711. A moeda americana em baixa pode não ser uma boa para exportadores, para a inflação, mas é uma ótima para viajantes. Pois logo após o fechamento dos mercados, a boa nova foi assunto na redação do clic. O colega Cleber Correa ponderou que a notícia era positiva para quem vai viajar aos Estados Unidos, mas não necessariamente àqueles que planejam ir à Europa. Discordei e ainda tentava usar meus parcos conhecimentos econômicos para argumentar o contrário, quando outra colega, a Ana Bolsson, veio com um argumento muito melhor:
– O dólar baixo é bom para quem quer ir para a Europa porque faz os americanos viajarem menos para lá.
:)
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
e-mail
delicious
Facebook
LinkedIn
twitter
www.flickr.com |
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.