Em Wenchuan, epicentro do sismo, Shen Peiyun é resgatado após cinco diasFoto: Zhao Jianwei/Xinhua |
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O terremoto de 8 graus na escala Richter ocorrido em 12 de maio em Sichuan, província a sudoeste da China, deixou 69 mil mortos, 18 mil desaparecidos e 374 mil feridos, segundo as estatísticas oficiais. Somente hoje, mais de seis meses decorridos da tragédia, é que foi divulgada a primeira lista detalhada sobre as vítimas, contendo 19.065 nomes. O levantamento traz local de nascimento e de morte e outras informações pessoais, segundo o vice-governador executivo provincial de Sichuan, Wei Hong. Outras listas ainda serão publicadas. Não ha, por exemplo, o número exato de estudantes mortos "porque o número total de vítimas no terremoto ainda está sendo verificado", afirma Wei. Doações O governo de Sichuan tem outro desafio. O frio rigoroso poderá atingir neste inverno algumas partes das áreas afetadas pelo abalo. A província de Sichuan teve mais dias de chuva e de frio no início deste inverno na comparação com o mesmo período de anos anteriores. A temperatura foi de 0,5 a 1 grau Celsius mais baixa que a média. Os residentes que moram em áreas afetadas pelo terremoto e nas montanhas remotas ainda necessitam de 3,6 milhões de cobertores e 3,6 milhões de roupas grossas.
Acabou de sair: um tremor de 6,1 graus na escala Richter atingiu a província chinesa de Sichuan às 16h32min desta sexta-feira, horário local (5h32min no Brasil). O epicentro ocorreu entre os distritos de Pingwu e Beichuan e foi possível sentir o chão tremer na capital da província, Chengdu.
Ainda não há informações sobre feridos.
O terremoto de 8 graus na Escala Richter que deixou cerca de 70 mil mortos em 12 de maio e mais de 18 mil desaparecidos também ocorreu em Sichuan, com epicentro em Wenchuan.
Falei há pouco com o Paulo Xavier, estudante português que mora em Chengdu e meu amigo, e ele confirmou que sentiu o aftershock, ou a réplica, que classificou como grande, mas disse:
- Tá tranquilo.
Bem, da capital de Sichuan, já temos esta breve parcial.
Jiang Wenli no papel de enfermeira e Chen Jianbin como cirurgião em meio ao horrorFoto: Reprodução/CCTV 1 |
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Um pouco do Fora de Série no China in Blog. Estréia na noite desta quarta-feira na televisão estatal chinesa, a CCTV, a série Sete Dias que Comoveram o Mundo, sobre o terremoto que atingiu a província de Sichuan em 12 de maio. A produção tem 14 capítulos e mistura ficção e documentário. A TV chinesa se orgulha do tempo recorde que levou para produzir a série: 35 dias entre o início da filmagem e a finalização. Cem atores não cobraram cachê, entre os quais 41 estrelas da TV chinesa. - Parecia que estávamos em um campo de batalha - disse a queridinha das telas daqui Jiang Wenli, que vive uma enfermeira que viaja para auxiliar as vítimas nas zonas mais atingidas. Toda a equipe viajou poucos dias depois da tragédia as zonas afetadas para dar início ao projeto. Até agora, os números mostram que houve mais de 69 mil mortes, há mais de 18 mil desaparecidos e mais de 374 pessoas ficaram feridas. A série mistura cenas meramente ficcionais a imagens reais da tragédia, além de depoimentos de sobreviventes e dos atores após o trabalho. Eu aposto que será sucesso de público. E você?
Zhu Jianqiang, ou porco forte, sobreviveu 36 dias sob escombrosFoto: Reprodução Internet |
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Parece nome de receita, mas nao é. O Porquinho de 36 dias é o apelido do bicho aí de cima, encontrado vivo sob escombros do chiqueiro onde morava 36 dias apos o terremoto em Sichuan. O caso ocorreu em Pengzhou. Pra sobreviver, o suíno fortão garantiu alimentação com carvão vegetal e água da chuva.
O porco perdeu dois terços dos 150 quilos originais - e chegou a ser confundido com um bode pelas equipes de resgate.
O carvão
O carvão vegetal não contem nutrientes, mas também não é tóxico e pode encher o estômago. O carvão estava estocado no segundo andar do abrigo do animal, que desmoronou durante o tremor.
Porco famoso
Um curador do Museu de Jianchuan comprou o porco por US$ 430 e prometeu cuidar do animal até que este morra de maneira natural. Ele deu o nome de Zhu Jianqiang (porco forte) ao sobrevivente.
Na Internet
A foto do Zhu Jianqiang eu encontrei junto a um comentário de internauta contra a "exposição" da figura de Zhu Jianqiang como símbolo da luta pela vida ante a tragédia do terremoto e a exploração da imagem do bicho na mídia. Link pra quem sabe chinês - ou é curioso ou usa tradutor online.
Em 23 de maio, oito pandas de Wolong foram transferidos para BeijingFoto: Chen Xie/Agência Xinhua |
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O governo chinês confirmou a morte da panda gigante Mao Mao, de 9 anos, vítima do terremoto que atingiu a província de Sichuan em 12 de maio. O corpo do animal foi encontrado por funcionários da reserva Wolong ontem, segunda-feira, mas somente hoje foi resgatado e enterrado. Agora em Beijing, são 18h50min.
O parque, um dos principais para a reprodução de pandas na China, teve seis animais desaparecidos após o terremoto, cinco dos quais sobreviveram.
O terremoto de oito graus na Escala Richter ainda provocou a morte de cinco funcionários da reserva.
Funcionários da Agência Xinhua prestam homenagem às vítimas do terremotoFoto: He Meng, a Mariana/Especial China in Blog |
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O terremoto de 8 graus na escala Richter que atingiu a província chinesa de Sichuan no dia 12 de maio deixou um saldo de mais de 68 mil mortos, segundo dados do governo chinês, e há mais de 20 mil desaparecidos. As perdas para os sobreviventes são inúmeras.
Cálculos estimam entre um ano e três anos o prazo para a reconstrução da região atingida. De urgente, se sabe que é preciso alimentar e garantir um lugar para ficar para quem perdeu casa, trabalho, lavoura. Também é preciso investir em saúde e evitar epidemias nestas áreas.
Em face desta realidade de devastação é que a solidariedade se torna tão importante. Contribuir é fundamental. Aqui, deixo a foto enviada pela Mariana como contribuição para mostrar a comoção e o respeito do povo chinês às vítimas e duas iniciativas tomadas em Portugal, enviadas pelo querido e assíduo leitor Manuel Lopes, de Lisboa.
O governo português enviará material de ajuda às vítimas. São tendas, esteiras, cobertores, "kits" de cozinha, de higiene, além de alimento. Já a sociedade civil, lembra o Manuel, recolhe doações em dinheiro por meio de uma conta bancária.
Crianças recebem apoio psicológico em frente a barracas em ChengduFoto: Agência Xinhua |
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Todo o dia, a rotina se repete. Novos tremores assustam moradores das regiões próximas a onde ocorreu o terremoto de 8 graus na escala Richter no dia 12 de maio, em Sichuan, na China.
Ou melhor, assustam quase todo mundo. O português Paulo Xavier, 25 anos, que vive em Chengdu, está super calmo.
Hoje, por volta de 16h20min, horário local, me deparei com uma nota urgente aqui na agência onde trabalho sobre uma réplica na capital de Sichuan. Chamei o moço no msn e perguntei se havia se assustado com o tremor.
- Que nada. Há um minuto acabou de dar um mais forte. Não me assusto mais com isso - digitou o estudante de chinês.
Tá bom, então. É bom ver pessoas tranqüilas como Paulo. Até porque hoje um especilista no asunto, o ex-subdiretor do Departamento de Sismologia da China He Yongnian, afirmou que um forte terremoto, especialmente acima de 8 graus, como o que atingiu Sichuan há pouco mais de duas semanas, pode trazer sismos secundários por meses.
Relato
O Paulo tem relatos bem legais sobre o terremoto e as réplicas no blog dele. Vale muito conferir.
Ali voce descobre por que as pessoas estão acampadas nas ruas!
Em Sichuan, oito dos lagos represam mais de 300 milhões de metros cúbicos de águaFoto: Wang Jianmin/Agência Xinhua |
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Na China, já é segunda-feira, 15 dias após o tremor de 8 graus na Escala Richter que deixou milhares de mortos, especialmente na província de Sichuan. O país vive agora o risco de uma nova tragédia: inundações provocadas pelos lagos formados depois dos tremores - tanto o principal, quanto os secundários que se sucederam na região.
O governo garante que a situação está sob controle, mas admite que ainda preocupa. O principal desafio está nos próximos três dias, quando há previsão de chuvas.
Os tremores criaram 35 lagos deste tipo, 34 em Sichuan, o que coloca em risco uma população de mais de 700 mil pessoas. O maior problema é o lago Tangjiashan, cujo nível subiu 2 metros apenas no sábado, chegando a 723 metros, apenas 29 abaixo da parte menor da barragem que o represa. Há cerca de 1,6 mil soldados trabalhando para desviar as águas e evitar uma inundação.
O governo já estuda planos de evacuação nos arredores de 19 dos lagos recém formados.
Perigos nas represas
Há 69 represas em risco de se romper em Sichuan. Outras 310 foram gravemente afetadas pelo terremoto e há mais de 1,4 mil com risco moderado de acidente. A prioridade é consertar as unidades com maiores danos até julho, quando começa o período de chuvas na área.
A represa de Zipingpu, a apenas 17 quilômetros do epicentro do terremoto, em Wenchuan, será a primeira a receber reparos. A estrutura se mantém estável, diz o governo, mas caso se rompa, pode afetar 11 milhões de pessoas.
No aniversário do SambAsia, em abril, encontrei o Cui Jian sambando e conferindo a performance dos amigosFoto: Algum fã do Cui Jian, do SambAsia, ou dos dois |
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Três gerações do rock chinês se reúnem na noite desta quinta-feira para o show beneficente "Para Superar Aquele Dia" em Beijing. Toda a renda será revertida para as vítimas do terremoto que atingiu Sichuan no dia 12 de maio. O evento, organizado pela rádio Hit FM, é capitaneado pelo pai do rock por aqui, Cui Jian.
Além de idealizar o show, é ele quem batiza a função. Para Superar Aquele Dia, ou, em chinês, Chaoyue Nayitian, é o nome de uma das suas músicas. E, aí, um tempero brasilieirinho no show de solidariedade. Cui Jian convidou o SambAsia, a escola de samba aqui de Beijing, para tocar com ele. O SambAsia vai ainda participar de Congtou Zailai e tocar outra música solo (ainda não definida, me contou há pouco um dos fundadores do grupo, o taiwanês Leon Lee).
A escola de samba aqui de Beijing repete a dobradinha que fez em janeiro deste ano para um público de 8 mil pessoas na cidade e que, por coicidência, reeditou em abril em Chengdu (a capital de Sichuan, a província mais atingida pelo tremor de 8 graus na Escala Richter).
O show ainda tem a queridinha Ai Jing, os cantores Jun Zheng, Wang Feng e Lao Lang, além da banda Zaiyue Akino, outra do tempo de Cui Jian.
Fim do Luto
O show desta quinta ocorre depois de um luto oficial de três dias decretado pelo governo e que impediu atividades de recreação e lazer em todo o país. Na TV, filmes e programas de entretenimento foram proibidos. O revezamento da tocha olímpica foi suspenso. Até mesmo em bares e restaurantes, não havia música ou shows, em sinal de respeito pelas vítimas.
Gustavo e os companheiros de clube Danilo, outro brasileiro, o uruguaio Pablo e o argentino CésarFoto: Arquivo Pessoal |
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O resultado de uma lesão no joelho são férias forçadas para Gustavo Saibt Martins, de 28 anos, centroavante do time chinês Wuhan. O gaúcho natural de Gravataí embarca ainda esta semana para o Rio Grande do Sul. Vai ficar em Canoas, sob cuidados médicos e, claro, na companhia da mulher, Silvana, 26, e do filhote Davi, 4 anos.
A lesao não é grave.
- Mas com joelho não se brinca - avalia o jogador, que já enviou imagens da ressonância magnética a fim de que o médico brasileiro adiante os trabalhos.
Será boa esta pausa, ele admite. Na China há pouco mais de dois meses, está louco de saudades de casa. E com o terremoto que atingiu o país:
- Vai ajudar bastante - afirma ele, em relação a ida ao Brasil. E completa:
- Os meus familiares ficam a toda hora ligando pra eu voltar pra casa. Acho que ficam mais assustados do que nós que estamos aqui - diz Gustavo, ou o Papa, apelido que ganhou nos tempos em que atuava no Colorado.
Wuhan fica a 1,1 mil quilômetros de Chengdu, capital da província de Sichuan, onde ocorreu o epicentro do terremoto de 8 graus na Escola Richter. É praticamente o que separa Porto Alegre de São Paulo. O gaúcho não sentiu nada de tremor, estava de carro. Mas ele viu o pânico nas ruas.
- Todo o mundo saiu correndo dos prédios e bancos. Eu não sabia o porquê, só depois fiquei sabendo - conta ele.
Gustavo relata o que muitos outros contam por aqui: quem estava pelas ruas, no térreo, não sentiu. Isso se repetiu em Beijing e mesmo em Chengdu, durante os tremores secundários que ainda ocorrem pela China. Mas deu medo de continuar em Wuhan?
- Sim, você fica nervoso, pensando: "E se der um mais forte?", "E se o epicentro for perto?". Tudo passa na cabeça - lembra o jogador.
Volta marcada
Com ou sem nervosismo, Gustavo volta para Wuhan. Quer ajudar o time da primeira divisão do campeonato chinês. Até agora, o gaúcho fez um gol pela equipe asiática. Vai ter de fazer bem mais no retorno. É que o Wuhan (nome do time, nome da cidade) ocupa a lanterna, atrás de outras 15 equipes que compõem a elite do futebol chinês. Hein? Como é a elite do futebol chinês?
- A maneira de jogar do chinês é muito diferente. A primeira coisa que eles pensam é em defender. Já no Brasil, a primeira coisa é atacar - compara o centroavante que, ironia ou não, se pegou defendendo a meta pelos campos asiáticos numa partida em que o goleiro foi expulso.
Gustavo se vira. Já jogou por um ano na Suécia, outro meio ano na Alemanha. Em gramados gaúchos, além do Inter (clube em que ficou por dois anos), defendeu o Juventude e o Grêmio, esses no início da carreira. No ano passado, foi campeão da Serie B do Brasileirão pelo Coritiba.
No Wuhan, o contrato vai até dezembro. A passagem de volta para a China tem data, 12 de junho. Hm... Dia dos namorados. A Silvana vai entender? Ele garante que sim. Aliás, está ansioso por julho, quando a mulher e o filho embarcam rumo a Asia. Por enquanto, aguardam o fim do semestre dela, que cursa Direito na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas.
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