Vista para Canto Grande, estrada esburacada, descanso em Tainha e mais vista do miranteFoto: Tatiana Klix, Irmgard Klix e Chico baldini |
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Se eu tivesse tido folga no feriadão de Páscoa, provavelmente teria ido para Itapema, em Santa Catarina, visitar a minha mãe. Em estando lá e tendo sol, teria ido a praia, mergulhado no mar, caminhado na areia, tomado caipirinha, comido camarão. Poderia ter feito tudo isso lá mesmo, bem perto de casa, caminhando três quadras até a beira-mar. Ou poderia também ter escolhido outra praia para visitar. Se quisesse um lugar tranqüilo, de paisagem ainda selvagem, com a Mata Atlântica preservada, alguma vegetação de restinga e pedras, teria ido para Tainha, em Bombinhas. Para chegar até lá, teria passado por Perequê, Porto Belo, Bombinhas, Bombas, Quatro Ilhas e Mariscal – todas praias maravilhosas, onde também poderia ter parado e aproveitado muito bem o dia. De Mariscal, teria subido o Morro do Macaco, por uma estrada de terra (e me lembraria de outras vezes, talvez até na Páscoa, em que percorri a mesma estrada em bem piores condições, que fizeram o carro atolar) até um local onde placas indicariam ser um mirante natural. Lá, teria descido do carro, caminhado por uma pequena trilha até o topo do morro, onde teria novamente me maravilhado com a vista panorâmica da região (Porto Belo, Bombinhas, Canto Grande, tá tudo lá!) e lembrado como o litoral brasileiro é abençoado. Com a alma inundada pela natureza, teria percorrido a trilha até a estrada e dirigido morro abaixo para a praia de Tainha no outro lado. Provavelmente, ao chegar, teria me surpreendido novamente com o número de pessoas que teriam descoberto Tainha e lá estariam aproveitando o paraíso que eu já conhecia há pelo menos 15 anos. Teria lembrado do tempo em que não havia ninguém na praia para vender sequer uma água, mas teria gostado de poder comprar uma cervejinha e um milho verde, enquanto ficaria instalada na areia. Teria deixado o dia passar, entre um mergulho e outro, alguma leitura ou um bate-papo e uma soneca. E quando a fome começasse a bater com intensidade tal que os lanches oferecidos não fossem suficientes para matá-la, teria decidido voltar, mas não direto para Itapema. Antes, teria escolhido um bom restaurante de frutos do mar em Canto Grande para terminar o belo dia com uma "almojanta" na beira da praia.
Teria sido uma feliz Páscoa no litoral catarinense. Porque não tive folga, aproveitei o coelhinho por aqui, em Porto Alegre. Mas quem sabe o passeio em Tainha não fica para o próximo feriado?
Em tempo
Também é possível chegar a Tainha de barco (a partir de Canto Grande) ou a pé. A trilha que leva à praia tem dois quilômetros e, dizem, é muito linda. Mas não tem sinalização, portanto o melhor é contar com algum local como guia.
Não custa repetir a vista!/ Foto Tatiana Klix
Histórias, dicas, lembranças e planos de viagens para quem adora passear por aí (e depois voltar para casa). Por Tatiana Klix
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